1º de agosto de 2012 - As apostas de novas medidas de estímulos por parte do  Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA)  pautou os negócios e dividiu o humor dos investidores nesta sessão.
No  lado europeu, as principais praças acionárias oscilaram entre ganhos e perdas,  com foco na decisão dos dois bancos centrais. Já nos Estados Unidos, o otimismo  deu lugar à queda após o Fed não sinalizar a adoção de um novo plano de  flexibilização econômica. 
Em nota, a autoridade monetária  norte-americana afirmou estar atenta ao crescimento econômico do país,  garantindo estar pronta para atuar caso necessário. Diante deste cenário,  analistas de mercado apostam no anúncio do QE3 para setembro.
Já na  Europa, os investidores focam suas atenções para o encerramento da reunião do  BCE, prevista para as 8h45, quando deve ser anunciada a nova taxa de juros e  possíveis medidas para conter a crise que sufoca os países da zona do  euro.  
Nas matérias-primas, o petróleo do Texas subiu nesta  quarta-feira 0,96%, cotado a US$ 88,91 por barril, após ser anunciado que as  reservas nos Estados Unidos diminuíram 6,5 milhões de barris na semana  passada.
Em Londres, o barril do Brent para entrega em setembro, petróleo  de referência na Europa, terminou a terceira sessão da semana com uma alta de  0,99%, cotado a US$ 105,96 no International Exchange Futures.
Ao fim da  sessão na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos futuros do Petróleo  Intermediário do Texas (WTI, leve) para entrega em setembro, os de mais próximo  vencimento, subiram US$ 0,85 em relação ao fechamento de terça-feira.
A  alta de hoje interrompeu duas quedas seguidas, após ser anunciado que as  reservas de petróleo dos EUA diminuíram 6,5 milhões de barris na semana passada  e ficaram em 373,6 milhões, segundo o Departamento de Energia.
As  reservas de petróleo ainda estão acima da média para esta época do ano, 5,2%  maior do que há um ano. A alta de hoje coincidiu também com o final da reunião  de dois dias do Comitê do Mercado Aberto do Federal Reserve (Fed), que seguiu  sem dar pistas sobre a adoção de novas medidas para estimular o crescimento  econômico nos EUA.
Os contratos de gasolina com vencimento em setembro,  que a partir de hoje se tornam referência, subiram US$ 0,05 para fechar em US$  2,83 por galão (3,78 litros), após ser anunciado que as reservas dos EUA  diminuíram em 2,2 milhões de barris (-1%) e ficaram em 207,9 milhões.
Já  os contratos de gasóleo para calefação, também com vencimento nesse mesmo mês a  partir de hoje, avançaram US$ 0,01 para terminar a sessão em US$ 2,85 por galão,  após ser anunciado que as reservas dos EUA diminuíram em 1 milhão de barris  (-0,8%) e ficaram em 124,3 milhões.
À espera do anúncio de suas reservas  amanhã, os contratos de gás natural com vencimento em setembro diminuíram US$  0,03, até fechar a sessão em US$ 3,17 por cada mil pés cúbicos.
Na Ásia,  as principais bolsas encerraram os pregões desta quarta-feira divididas, em meio  a dados de produção pouco animadores na região e especulação de anúncio de  medidas de estímulos para os países atingidos pela crise econômica.
Hoje,  o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) se reúne nos Estados  Unidos e agita o mercado, que está atento a possíveis declarações positivas que  ajudem a recuperação do país. Amanhã, o Banco Central Europeu (BCE) também irá  se reunir, rodeado pela mesma expectativa por parte dos investidores. Este  aguardo reflete na instabilidade do mercado, que oscila entre esperanças  positivas e negativas para os encontros.
Alimentando este  cenário de incertezas, os dados de produção manufatureira divulgados hoje  mostraram que os países asiáticos não estão crescendo o quanto era esperado pelo  mercado, além de também mostrar queda no desempenho.O  cenário aumentou a especulação de que a China anuncie alguma medida de  afrouxamento monetário para recuperar o crescimento do país, além de ter  recebido as declarações de um funcionário da Comissão Reguladora de Valores do  país de que os investidores podem ter superestimado a desaceleração econômica do  país.
Ao final desta jornada, em Taiwan, o referencial TSEC Weighted  Index desacelerou 0,03% aos 7.267 pontos; no Japão, o referencial Nikkei 225 da  bolsa de Tóquio, desvalorizou 0,61% aos 8.641 pontos; na Índia, o índice BSE  Sensex, da bolsa de Bombai, teve alta de 0,12% aos 17.257 pontos; Hong Kong, o  principal indicador, o Hang Seng, subiu 0,12% aos 19.820 pontos; e na China, a  bolsa de Xangai, subiu 0,94% aos 2.123 pontos.
Na agenda local,  o Índice de Gerentes de Compras  (PMI, na sigla em inglês) do setor manufatureiro do Japão registrou queda nas  condições de negócios, de acordo com pesquisa ajustada realizada pelo instituto  Markits, em conjunto com o HSBC.Em julho, o indicador ficou  em 47,9, abaixo dos 49,9 do mês anterior, sinalizando piora nas condições de  fabricação de funcionamento do setor, o pior resultado desde abril de  abril.
Na China, o índice registrou melhora nas condições de negócios. Em  julho, o indicador ficou em 49,3 pontos, resultado superior ao de junho, que foi  de 48,2 pontos.
Na Europa, as principais bolsas de valores encerraram os  pregões desta quarta-feira divididas e com expectativa para as medidas do Banco  Central Europeu (BCE) 
Ainda nesta quarta-feira, alguns dados divulgados  no Reino Unido, Alemanha e Itália, ficaram abaixo das expectativas. (Ver  abaixo)
Já nos Estados Unidos, os ganhos apresentados em relatórios  corporativos e dados do mercado de trabalho contribuíram para manter alguns  índices no azul.
Ao final desta jornada, em Frankfurt, o índice DAX 30  caiu 0,26% aos 6.754 pontos; em Milão, o índice FTSE-MIB subiu 0,27% aos 13.928  pontos; em Londres, o índice FTSE-100 subiu 1,38% ficando com 5.712 pontos; em  Madri, o índice Ibex 35 desvalorizou 0,27% aos 6.720 pontos; e em Paris o índice  CAC-40 subiu 0,91% aos 3.321 pontos. 
Na agenda do Velho Continente, o  Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor manufatureiro  do Reino Unido registrou piora nas condições de negócios, de acordo com pesquisa  ajustada realizada pelo instituto Markits.
Em julho, o indicador caiu  para 45,4 ante 48,4 em junho, indicando desaceleração nos negócios.
O  índice gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor manufatureiro da  zona do euro registrou queda em julho. No mês, o índice marcou 44 pontos,  resultado inferior aos 45,1 registrados em junho.
O índice gerente de  compras (PMI, na sigla em inglês) do setor manufatureiro da Grécia registrou  avanço em julho. No mês, o índice marcou 41,9 pontos, resultado superior aos  40,1 registrados em junho.
O índice gerente de compras (PMI, na sigla em  inglês) do setor manufatureiro da Alemanha caiu em julho. O índice saiu dos 45  pontos em junho para 43 pontos em julho.
O índice de gerente de compras  (PMI, na sigla em inglês) de manufatura da Espanha avançou em julho ante junho.  O índice registrou 42,3 pontos no sétimo mês do ano, ante 41,1 em  junho.
O índice de gerente de compras  (PMI, na sigla em inglês) de  manufatura da Itália registrou recuo nas condições de negócios em julho.No  sétimo mês do ano, o índice marcou 44,3 pontos contra 44,6 verificados em  leitura anterior.
Nos Estados Unidos, a decisão do em não anunciar mais  medidas de flexibilização econômica frustrou os investidores, levando os  principais índices acionários de Wall Street a encerrar a jornada desta  quarta-feira em queda. 
Ao final dos negócios, o índice Dow Jones caiu  0,25%, aos 12.976 pontos; o S&P 500 perdeu 0,29% em 1.375 pontos; e a bolsa  eletrônica Nasdaq recuou 0,66% aos 2.920 pontos.
Em nota, o Fed  afirmou que irá acompanhar de perto as informações recebidas sobre a evolução  econômica e financeira, fornecendo estímulos à economia caso necessário. Na agenda local, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na  sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano),  decidiu mais uma vez manter a taxa de juros inalterada num intervalo entre zero  e 0,25%, como previam os especialistas de mercado.
De acordo com a  autoridade monetária, a decisão tem como objetivo sustentar a recuperação  econômica do país e manter a inflação controlada. O banco central  norte-americano também deve manter os juros em níveis "excepcionalmente baixos"  até meados de 2014.
Essa banda foi instituída na reunião de dezembro de  2008, no auge da crise.
O Fed afirmou ainda que acompanhará de perto a  evolução da economia norte-americana, fornecendo acomodação adicional caso  necessário para promover uma forte recuperação econômica e melhora sustentada  das condições do mercado de trabalho em um contexto de estabilidade de  preços.
As despesas totais com construção civil (Construction Spending)  subiram 0,4% em junho ante a taxa revisada de maio, totalizando US$ 824,1  bilhões, informou o Departamento de Comércio norte-americano.
Na  comparação com junho de 2011, o número representa uma alta de 7%.
O ISM  Manufatura, índice que mede a atividade do setor manufatureiro, teve  desaceleração em julho. O indicador passou de 49,7 em junho para 49,8 no mês  passado. O número veio pior que o esperado pelo mercado, de 50,3.
O  Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor manufatureiro  registrou baixa em julho nas condições de negócios do setor de acordo com  pesquisa realizada pelo instituto Markits, em conjunto com o HSBC.
No  sétimo mês do ano, o índice caiu para 51,4 pontos, resultado inferior aos 52,5  pontos de junho. O dado também veio pior do que a primeira estimativa para o  mês, que previa baixa para 51,8 pontos.
O setor privado norte-americano  criou 163 mil vagas de emprego  entre junho e julho, segundo dados da  Consultoria ADP divulgados nesta manhã. A criação de postos de emprego de junho  foi de 172 mil vagas (dado revisado).
O resultado de julho veio acima da  estimativa média do mercado, que esperava uma geração de 121 mil empregos, de  acordo com levantamento da Forex Factory.
A esperança de que o Banco  Central Europeu anuncie medidas contundentes para conter o avanço da crise na  zona do euro sustentou o otimismo dos investidores, levando a Bolsa de Valores  de São Paulo a encerrar o pregão desta quarta-feira em alta de 0,35% aos 56.293  pontos. O giro financeiro foi de 5,89 bilhões. 
O dólar  comercial encerra o pregão desta quarta-feira em queda. No interbancário, a  divisa fechou cotada a R$ 2,044 na compra  e R$ 2,044 na venda, queda de 0,22%.No mercado futuro, o  contrato para setembro negociado na BM&F apresentava baixa de 0,60% a R$  2,057.
O saldo da entrada e saída de dólares do país, fluxo cambial, está  negativa em US$ 1,461 bilhões até a última sexta-feira (27), informou hoje o  Banco Central (BC).
O fluxo financeiro (registro de investimentos em  títulos, ações, remessas de lucros e dividendos ao exterior, entre outras  operações) foi positivo em US$ 446 milhões. O fluxo comercial (relacionado a  operações do comércio exterior) foi negativo em US$ 1,907 bilhão.
No  mesmo período de 2011, o fluxo cambial ficou positivo em US$ 15,629 bilhões,  sendo o fluxo financeiro positivo em US$ 9,805 bilhões e o fluxo comercial  positivo em US$ 5,823 bilhões.
Acumulado
De janeiro a 27 de julho,  o fluxo cambial está positivo em US$ 21,483 bilhões, ante US$ 55,462 bilhões  registrados em igual período de 2011.
Até a última sexta-feira, o fluxo  financeiro ficou positivo em US$ 3,256 bilhões e o comercial registrou alta de  US$ 18,227 bilhões.
A balança comercial brasileira, que registra o  movimento das exportações e importações, teve superávit de US$ 2,879 bilhões, em  julho, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento,  Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O saldo positivo é resultado de US$ 21,005  bilhões em exportações e US$ 18,216 bilhões em importações no período.
O  resultado faz com que a balança comercial comece o segundo semestre no azul. Nos  primeiros seis meses do ano, a balança registrou o pior resultado para o período  nos últimos dez anos.
Em julho, a média diária dos embarques externos foi  US$ 954,8 milhões, queda de 9,9% em comparação ao mesmo período do ano passado.  Houve redução nas três categorias de produto: básicos (-10,7%),  semimanufaturados (-12,5%) e manufaturados (-7,6%). No caso dos básicos, a  retração foi, principalmente, nas vendas de petróleo em bruto, minério de ferro,  café em grão, carne de frango, minério de cobre e fumo em folhas.
A média  diária das compras internacionais somou US$ 823,9 milhões, baixa de 59,5% em  relação a julho de 2011 (US$ 910,2 milhões). De acordo com o MDIC, caíram os  gastos com matérias-primas e intermediários (-12,4%), bens de consumo (-11,6%),  bens de capital (-6,2%), e combustíveis e lubrificantes (-1,7%).
No  acumulado do ano, as exportações somam US$ 138,219 bilhões e as importações, US$  128,270 bilhões, com saldo positivo de US$ 9,949 bilhões. O resultado é 38,2%  menor que o registrado no mesmo período de 2011, quando o superávit somou US$  16,097 bilhões.
Os Contratos de Depósito Interfinanceiros (DIs)  encerraram a seção em queda na BM&F. 
Perto do fechamento, os  contratos para agosto de 2012 permaneciam estáveis a 7,79%; os contratos com  vencimentos para janeiro de 2013 caíam 0,03 p.p a 7,35%; os contratos com  vencimentos para janeiro de 2014 caíam 0,10 p.p a 7,75%; os vencimentos para  janeiro de 2017 caíam 0,06 p.p a 8,96%; e para 2021 tinham queda de 0,07 p.p a  9,52%.
Por aqui, a produção industrial subiu 0,2% em junho ante maio,  na série sem ajuste sazonal, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e  Estatística (IBGE). No mês anterior, o índice havia recuado 0,9%.
Em  relação a junho do ano anterior, o índice apresentou queda de 5,5%, décima  variação negativa.
No acumulado de 12 meses, o indicador marcou recuo de  2,3% e, no acumulado do ano, já obteve queda de 3,8%.
A média móvel  trimestral caiu 0,4% no período.
De abril a maio, 12 dos 27 ramos  pesquisados tiveram aceleração, com destaque para outros equipamentos de  transporte  (12,5%), farmacêutico (8,6%) e veículos automotores  (3%).
Ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, tiveram baixa  representativa os equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e  outros (-10,9%), borracha e plástico (-5,7%) e edição, impressão e reprodução de  gravações (-2,6%).
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de  julho caiu para 0,22%, resultado 0,06 p.p abaixo da leitura anterior, segundo  dados da Fundação Getulio Vargas (FGV).
No ano, o índice acumula alta de  3,06% e, nos últimos 12 meses, avanço de 5,65%.
Nesta apuração, cinco das  oito classes de despesa componentes do índice apresentaram desaceleração em suas  taxas de variação.
Leia Mais: 
http://www.ultimoinstante.com.br/resumos-de-mercado/resumo-mercado-diario/77849-FECHAMENTO-Fed-BCE-centram-atenes-dos-mercados.html#ixzz22KwBMNbA