MERCADO LIVRE

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

IGBR3 - Tô avisando estudem. A correria pode começar. Hoje na Exame.

O retorno de Eugênio Staub
Por Cristiane Correa | 16/10/2009 - 09:50

O empresário Eugênio Staub, dono da Gradiente, está finalizando os últimos detalhes para anunciar sua volta ao mercado. Atolada numa dívida de quase 300 milhões de reais, a Gradiente praticamente encerrou suas atividades no ano passado. As fábricas pararam e centenas de funcionários foram demitidos. Dos quase cinco andares que a sede da empresa ocupava num prédio da Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo quatro foram desativados -- hoje trabalham lá cerca de 90 funcionários.

Nos últimos meses, Staub evitou a todo custo entrar com um pedido de recuperação judicial -- sua saída foi buscar acordos extra-judiciais com os credores. Pois parece que ele conseguiu. Segundo pessoas próximas à Gradiente, ele está criando uma nova empresa que vai "alugar" a marca Gradiente e começará as atividades livre das dívidas (algo parecido com o modelo da "velha" e da "nova" Varig). Essa nova empresa terá um capital inicial da ordem de 80 milhões de reais -- dinheiro que virá principalmente da própria família Staub e de um grande fundo de pensão estatal. Paralelamente, a "velha" Gradiente está fechando um acordo com seus principais credores -- um grupo formado por bancos como Bradesco e Safra -- para renegociar a dívida. Para pagar o que deve aos bancos adivinhe a quem Staub, amigo pessoal do presidente Lula, vai recorrer? Ao BNDES, claro. O banco estatal paga a dívida aos credores da Gradiente e, a partir daí, Staub se torna devedor do BNDES. E se Staub vier a dar um calote no BNDES no futuro? Aparentemente o banco não correrá riscos, porque os atuais credores (Bradesco, Safra etc) serão também fiadores da Gradiente.

Com as dívidas equacionadas, Staub pretende voltar a fabricar monitores, computadores e celulares. Seu plano é que os produtos estejam no mercado antes do Dia das Mães do ano que vem.

É bom lembrar que antes de chegar ao fundo do poço, quando quase quebrou, a Gradiente ficou 10 anos sem dar lucro operacional — ou seja, sem ganhar dinheiro com a própria atividade.

Por que agora Staub conseguiria um resultado diferente? Honestamente não sei...

(Procurado, Staub preferiu não dar entrevista sobre o assunto.)

HAGA4 - Olho no book!!!

Olho na força compradora, ação movimentando.

Boa sorte pra todos !!!