O Brasil pode surpreender as perspectivas do Banco Mundial (Bird), que prevê que o país será a quinta maior economia do mundo até 2016, data da realização das Olímpiadas no Rio de Janeiro.
"Não temos pretensão de ser a primeira (economia), mas podemos estar entre as quatro maiores economias do mundo sem inventar", declarou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para uma plateia de empresários e executivos brasileiros, em evento realizado pela revista Carta Capital, em São Paulo.
Compareceram ao encontro representantes de empresas como Vale, Petrobras, Gerdau, Nestle, Pão de Açucar, Natura e Accor.
De acordo com Lula, o segredo para o crescimento da economia brasileira será a distribuição de renda e os aportes que o país vai receber do setor privado.
O presidente comemorou a informação de que as empresas Vale, Odebrecht e Petrobras vão aumentar seus investimentos no Brasil.
"O Roger (Agnelli) vai gastar o que a Vale nunca ganhou", disse o presidente, em meio a polêmica sobre os conflitos entre o governo e o executivo.
No evento, Lula e Agnelli tiveram uma convivência pacifícia. A Vale foi premiada como a segunda empresa mais admirada do Brasil. E o troféu foi entregue a Agnelli pelas mãos de Lula.
Criando consumidores
Lula afirma que a tranquilidade que as empresas têm hoje de investir no país é resultado da existência de um estado forte. "É imprescindível que o Estado exista. Sem ele não é possível fazer a distribuição de renda que o país precisa", afirmou o presidente.
Segundo Lula, a crise fez sucumbir a ideia de que só a iniciativa privada presta. "Ah, quanta gente me dando lição e estavam escondidos atrás dos derivativos."
"O povo brasileiro está gostando de ser consumidor", afimou Lula.
De acordo com o presidente, foram os investimentos na economia que garantiram a inserção da parte mais pobre da população no mercado de consumo. "Esta é a revolução que acontece neste país, as pessoas do andar de baixo estão subindo alguns degraus."
