06/03/2009 - 16:03
O Grupo Kepler Weber, líder em armazenagem de produtos agrícolas, divulgou nesta sexta nota em que comunica ter se reunido com o Governo do Estado do Mato Grosso do Sul e com a Prefeitura Municipal de Campo Grande no intuito de buscar apoio para a implementação de um Projeto de Especialização da sua planta de Campo Grande para a produção de secadores.
A decisão, segundo a empresa, é estratégica e importante porque "permitirá acelerar os planos de crescimento da companhia no mercado de secadores, de qualidade mundial,
aumentando a competitividade e gerando maior aproximação da fabrica com os
principais clientes".
E acrescenta: "este processo não impactará os resultados da companhia no curto prazo, porém representará a criação da plataforma de crescimento no longo prazo.
O projeto possibilitará a geração imediata de 90 novos empregos e formação de
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Reativada, Kepler terá metade dos empregos que já gerou
Quinta-feira, 05 de Março de 2009 11:39 | Reportar erro | Comentários(1) |
Marcelo Victor |
Kepler alega que não pode devolver área porque já a comprometeu para empréstimo do BNDES |
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A planta da empresa será adaptada para se especializar na montagem de secadoras de grãos. “A fabrica vem operando abaixo de sua capacidade e agora buscaremos um crescimento através de um processo de especialização. Trata-se da total transferência da linha de secadoras que hoje é feita na planta de Panambi (RS) para a fábrica de Campo Grande. A fábrica aqui será dedicada a fabricar todos os tipos de secadores da nossa linha de produtos”, afirmou Anastácio Fernandes.
Com a mudança de planos, a retomada de empregos será lenta. A previsão é de que, até 2013, 250 campo-grandenses sejam empregados na indústria de forma direta, o que significa metade do quadro de pessoal que já teve. A empresa calcula que pode gerar de 3 a 5 empregos indiretos para cada emprego direto.
Instalada em 2004 na Capital, a unidade da Kepler Weber gerou grande expectativa e cerca de 500 empregos. Porém, com a crise do campo a partir de 2006 passou a contar com apenas 30 funcionários, que atuam em áreas essenciais. À época chegou a se falar em 2 mil demissões, entre empregos diretos e os indiretos, gerados por colaboradores e prestadores de serviços.
O vice-prefeito Edil Albuquerque disse que a iniciativa da empresa é bem vinda, por conta da possibilidade de geração de empregos, mas reforçou a intenção da Prefeitura em receber de volta 70 dos 80 hectares doados pela Prefeitura para a empresa em 2004, considerando que boa parte da área não está sendo utilizada pela Kepler.
Anastácio Fernandes afirmou que a empresa estudará o pedido, mas alegou que a decisão não é unilateral já que os 80 hectares foram dados como garantia ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para o financiamento de R$ 85 milhões que viabilizou a construção da fábrica em 2004.