MERCADO LIVRE

domingo, 8 de março de 2009

ECONOMIA BRASILEIRA

Brasil deve ser o 4º maior crescimento em 2009, diz Bradesco
O Brasil terá um recessão técnica, mas ainda assim deve registrar a "quarta maior" taxa de crescimento real do mundo em 2009, de 0,6% sobre 2008, prevê o economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros. "Não é motivo para se cortar os pulsos, e sim para soltar fogos", afirmou ele, "diante de altas taxas negativas que economias como o Japão devem registrar".

Barros ressalvou que sua expectativa para a variação do Produto Interno Bruto (PIB) pode ser alterada. O resultado da produção industrial de janeiro, com alta de 2,3% sobre dezembro conforme divulgou hoje o IBGE, "surpreendeu um pouco para baixo".

Ao participar de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Conselhão), ele afirmou que em função da crise "a economia brasileira terá uma recessão branda, sim", neste ano. Mas "mesmo crescendo pouco, acima de zero, ficará melhor do que economias como o Japão, que deve cair 5%, e atrás apenas da China que deve expandir 6,5%, da Índia com 5,5%, ou da Indonésia que subirá 2%", citou.

O Bradesco trabalha com uma recessão técnica, ou seja, dois trimestres consecutivos de retração na economia, segundo Barros. Sua projeção é de que o PIB do quatro trimestre de 2008 cairá 2,5% sobre o terceiro trimestre do ano passado. E no primeiro trimestre de 2009 haverá nova redução, de 0,24%, sobre o último trimestre de 2008.

Para o PIB de 2008, Barros vê alta de 5,3% sobre 2007. No primeiro trimestre de 2009, a economia deverá evoluir 0,6% em relação a igual intervalo de 2008, mas o economista estima que "recuperação mais consistente virá somente no segundo semestre" deste ano.

Por enquanto, ele aposta que a indústria terá retração de 3,5% em 2009, por conta da forte queda no comércio exterior provocada pela crise mundial. A corrente de comércio brasileira deve perder cerca de US$ 122 bilhões, continuou, metade em exportações e outra metade em importações. No caso das vendas externas haverá um recuo entre 30% a 35% sobre 2008.

"A recuperação do Brasil vai depender do comportamento externo", afirmou. "Não há escapatória para a economia mundial, que deve ficar de dois a cinco anos crescendo abaixo do potencial", disse Barros. "Que outro mercado tem potencial para substituir a demanda americana?" indagou o economista.

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