MERCADO LIVRE

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

EPICURO

“Os grandes navegadores devem sua reputação aos temporais e tempestades.”

GRANDES EMPRESAS

As 10 companhias de maior prestígio no Brasil

1ª Petrobras

2ª Nestlé

3ª Natura

4ª Johnson & Johnson

5ª Sadia

6ª Banco do Brasil

7ª O Boticário

8ª Honda

9ª Volkswagen

10ª Microsoft

As campeãs em 25 setores

Alimentos: Nestlé

Bebidas: Coca-Cola

Beleza: Natura

Casa e Construção: Tigre

Distribuição de combustível: Petrobras

Educação: Sebrae

Eletroeletrônicos: Nokia

Energia: Petrobras

Farmacêutico: Bayer

Financeiro: Banco do Brasil

Hardware e Software: Microsoft

Higiene e Limpeza: Johnson & Johnson

Indústria Química: Bayer

Mineração: Vale

Mundo Digital: Google

Papel e Celulose: VCP

Pneus e Autopeças: Goodyear

Saúde: Unimed

Serviços: Correios

Supermercados: Pão de Açúcar

Telecomunicações: Embratel

Têxtil: Hering

Transporte: Embraer

Varejo: Lojas Americanas

Veículos: Honda

Sadia

Sadia tem quatro opções para arcar com dívidas
| 29.01.2009 | 09h00
Dívidas de curto prazo da companhia somam cerca de 1 bilhão de reais e apresentam custo elevado



Portal EXAME A Sadia conta com quatro opções para escapar da crise financeira em que caiu ao se expor excessivamente ao câmbio por meio de instrumentos de derivativos. A empresa confirmou à corretora Ativa que possui uma dívida de curto prazo de cerca de 1 bilhão de reais. O custo desses compromissos é alto - cerca de 125% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário - uma das referências para a formação de juros no Brasil). Segundo a Ativa, as opções da Sadia são: receber um aporte do BNDES, receber um aporte de outro sócio estratégico, vender ativos não-estratégicos (como imóveis, por exemplo) ou lançar ações no mercado.

Das quatro alternativas, a Ativa considera o aporte de capital de um sócio como o mais provável. Mas a preferência da corretora é pela ajuda do BNDES. Segundo a Ativa, o aporte de recursos é "potencialmente positivo para a Sadia, especialmente se a ajuda financeira vier através de um aporte de capital do BNDES". A injeção de recursos seria um modo de solucionar as necessidades de caixa da empresa neste ano, além de reduzir o tamanho da dívida. Em setembro, a dívida líquida da Sadia (obrigações menos recebíveis) correspondia a 3,4 vezes o seu ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). A empresa não considera esse múltiplo preocupante porque dentro do setor de alimentos há outras companhias mais alavancadas. A própria Sadia, no entanto, informou que planeja reduzir a relação entre a dívida líquida e o ebitda para uma ou duas vezes - patamar em que trabalhava no passado.

Reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico nesta quarta-feira diz que a empresa negocia um aporte de 1 bilhão de reais com o BNDES. A empresa confirma as negociações com o banco, mas desmente a informações sobre o total de recursos que poderiam ser injetados. Não seria uma surpresa se o BNDES liberasse recursos para a companhia, já que a diretoria do banco tem sinalizado sua disposição de socorrer empresas com problemas de liquidez, em meio à retração mundial de crédito. O BNDES viabilizou a fusão da Aracruz com a VCP (da Votorantim) - após os dois grupos terem registrado perdas com o dólar. A Santelisa Vale, uma das maiores produtoras de açúcar e álcool do país, também negocia um aporte do banco após perdas com derivativos. Além disso, o BNDES já possui investimentos no setor de frigoríficos após aportes no JBS-Friboi e Marfrig, entre outros.

Maior que o esperado

A Sadia foi uma das principais vítimas do salto do dólar desde o agravamento da crisefinanceira mundial, no último trimestre do ano passado. Assim como outras grandes companhias, a empresa possuía contratos de derivativos de câmbio que apostavam na queda da moeda americana frente ao real. Com a inversão da tendência e o repique repentino do dólar, os contratos passaram a gerar fortes prejuízos para seus signatários.

Quando divulgou as primeiras informações, em setembro, a Sadia estimava que suas perdas seriam de 760 milhões de reais. Uma estimativa da corretora Brascan, porém, aponta para uma cifra muito maior: 2,5 bilhões de reais em 2008. A própria empresa já reconheceu que as perdas serão superiores à projeção inicial, mas o total só será conhecido quando os últimos contratos de derivativos forem desmontados. Somente no terceiro trimestre, a Sadia sofreu perdas financeiras de 1,2 bilhão de reais.


O custo dessas operações foi alto. A Brascan acredita que o caixa da Sadia encolheu de 2,3 bilhões de reais ao final de setembro para 1 bilhão de reais agora. Por enquanto, essa redução de 1,3 bilhão de reais será apenas contábil, já que será lançada no balanço da Sadia do quarto trimestre (ainda não-divulgado), mas os contratos serão efetivamente liquidados durante o ano de 2009.

Por ora, a Ativa recomenda cautela em relação às ações da Sadia (SDIA4, preferenciais e sem direito a voto). A Ativa lembra que a empresa ainda corre risco de liquidez, e há a expectativa de que o balanço do quarto trimestre traga perdas financeiras superiores às registradas no terceiro quartil do ano.

Boa notícia para o crédito

Crédito está voltando ao normal no Brasil, diz Meirelles


31 de Janeiro de 2009 | 15:24

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Por Nichola Groom

DAVOS (Reuters) - As condições de crédito vão voltar ao normal no Brasil em dois meses com os esforços do governo para destravar os empréstimos, afirmou neste sábado o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

"O Brasil é um dos poucos países emergentes e em desenvolvimento que tem recursos para substituir o crédito internacional", disse à Reuters no Fórum Econômico Mundial.

"Podemos esperar que a oferta total de crédito, doméstico e internacional, estará normalizada em 30 a 60 dias."

A oferta de crédito doméstico já voltou aos níveis anteriores à crise, acrescentou.

O BC já informou que vai destinar até 20 bilhões de dólares das reservas internacionais para mais de 4.000 empresas brasileiras com dívida no exterior vencendo entre setembro de 2008 e o final deste ano.

Antes de a crise atingir os mercados emergentes, as companhias brasileiras estavam rolando a dívida e também obtendo mais empréstimos no exterior.

Meirelles afirmou ainda que espera que o país cresça mais que a média mundial em 2009.