MERCADO LIVRE

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Setor produtivo

SÃO PAULO - Se foi criticada por agentes de mercado, a decisão do governo de taxar investimentos estrangeiros no mercado financeiro foi bem recebida por representantes do setor produtivo. A partir de amanhã, as aplicações de capital externo em ações e renda fixa pagarão 2% de IOF na entrada.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) aprovou a medida, considerando que ela contribui para evitar a especulação financeira e a sobrevalorização do real. " A medida é importante, primeiro, porque mostra que o governo agiu, contrariando a visão de que cabe apenas ao mercado estabelecer a taxa de câmbio " , disse, em nota, o presidente da entidade, Paulo Skaf . " Além disso, a iniciativa reduz o rendimento do capital de curto prazo, desestimulando a especulação e incentivando a produção e geração de emprego no Brasil. "

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a iniciativa é positiva ao sinalizar uma ação do governo em prol dos exportadores. " O governo, que tem um raio de manobra efetivamente pequeno sobre o câmbio, tinha de fazer alguma coisa, dar um sinal ao mercado de que está disposto a evitar um agravamento do processo de valorização do real, que vem penalizando fortemente o setor exportador brasileiro " , avaliou o presidente da entidade, Armando Monteiro Neto. Em nota, ele argumenta que o real valorizado tem impactos de curto prazo - a perda de competitividade - e de longo prazo - o desestímulo ao investimento produtivo.

http://www.valoronline.com.br/?online/cambio/36/5878494/setor-produtivo-recebe-bem-taxacao-de-aplicacoes-estrangeiras

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