MERCADO LIVRE

sábado, 20 de março de 2010

KEPL3 - Rumo a recuperação. Meu objetivo = R$ 2,00 até dezembro.

A direção do grupo Kepler Weber decretou: 2009 é página virada. O diretor-presidente da empresa, Anastácio Fernandes Filho, projetou nesta quinta-feira que 2010 deverá ser de recuperação e busca de novos mercados para aliviar o recuo do mercado externo verificado no ano passado. As vendas para o exterior caíram 56% no ano. Mais uma vez, foi o mercado interno que ajudou a reduzir o impacto da crise internacional. Na mira da companhia, líder na fabricação de equipamentos para armazenagem de grãos no País, está a busca por novos clientes no Oriente Médio, Leste Europeu e África.
Hoje 70% das vendas ocorrem para a América Latina. O recuo no setor foi forte. Em 2008, as exportações somaram US$ 111,4 milhões, e desceram a US$ 49,5 milhões no ano passado. O tamanho da queda pode ser dimensionado no confronto com o peso no faturamento. As vendas internacionais representaram quase 30% e caíram para uma fatia de 20% no ano passado. Ainda com a queda de faturamento, o grupo aumentou, ao longo de 2009, as disponibilidades financeiras, que chegaram a R$ 75,9 milhões, contra R$ 62,7 milhões em 2008. O diretor financeiro Nolci Santos informou redução de 9,29% da dívida líquida, de R$ 101,7 milhões em 2008 para R$ 92,3 milhões em 2009.
O balanço de 2009 apontou prejuízo de R$ 3 milhões, levemente abaixo do saldo de 2008, de R$ 3,3 milhões. Fernandes avaliou o resultado do ano como reflexo direto da crise econômica, que estourou no último trimestre de 2008. “Vínhamos de um período de reestruturação recente, nossa maior preocupação foi preservar o caixa, atravessando a crise sem necessidade de novos recursos financeiros”, justificou o diretor-presidente. A receita de R$ 250,9 milhões foi 33% menor que os R$ 374,5 milhões do ano anterior. O Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), em 2009, foi de R$ 1,3 milhão.
O quarto trimestre do ano mostrou maior fôlego nas vendas, com alta de 249% na carteira frente ao mesmo período de 2008. Mas Fernandes destacou que o impacto sobre o negócio só será sentido nos resultados do primeiro trimestre de 2010, cujas informações ainda não foram divulgadas e dependem do fechamento do período. Prova de que 2009 manteve estragos até o final do ano é que a receita do último trimestre ficou 18,6% abaixo do saldo de 2008. 
Mesmo com a contabilidade freada, o grupo registrou avanço de dois pontos percentuais em sua fatia de mercado, saindo de 58% para 60%. Segundo o executivo, pequenos fabricantes ganharam mais espaço e grandes acabaram recuando. Fernandes citou que, para assegurar a posição e crescer, o grupo teve de sacrificar margem. Para 2010, com a previsão de retomada dos negócios, de olho principalmente na segunda maior safra de grãos da história, projetada em mais de 140 milhões de toneladas, o diretor-presidente considerou certa a reposição de preços.
“Os preços do aço devem subir”, exemplificou o executivo. Depois de reduzir entre 10% e 12% o quadro de funcionários, o grupo voltou a contratar. Hoje a capacidade das duas unidades industriais, uma no Estado e outra no Mato Grosso do Sul, está completamente utilizada. A planta de Campo Grande já começou a operar com a linha de secadores. Já Panambi ficará com as demais linhas.


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ANDRA HAHN  Agencia Estado



PORTO ALEGRE - Com expectativa de recuperação de preços e com o estímulo da segunda maior safra de grãos em volume, a Kepler Weber espera superar em 2010 a receita de 2008. Naquele ano, a receita líquida somou R$ 329 milhões. A Kepler Weber atua no setor de agronegócios, especializada em projetos para armazenagem.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima a safra brasileira de grãos 2009/10 em 143,9 milhões de toneladas e, apesar dos baixos preços de alguns produtos, o volume é o principal indutor das vendas de equipamentos para armazenagem, afirmou o presidente da Kepler, Anastácio Fernandes Filho, ao comentar hoje o resultado da empresa em 2009. Além disso, deve ser recuperado o atraso na decisão de investimentos que ficaram represados pela crise, acrescentou o executivo.

Embora o terceiro e quarto trimestres do ano passado tenham terminado com lucro, o resultado destes períodos não foi suficiente para neutralizar o efeito da crise no primeiro trimestre de 2009, quando se registrou prejuízo de R$ 7,24 milhões. No ano, a Kepler reduziu o prejuízo em 9% em comparação com 2008, para R$ 3 milhões. A receita líquida caiu 35%, para R$ 215,1 milhões. O pior comportamento foi do mercado externo, onde a crise ainda repercute na Europa, observou o diretor financeiro da empresa, Nolci Santos. As exportações da Kepler caíram 56% em 2009, enquanto as vendas no mercado interno recuaram 23%.

A companhia teve de apertar margens de venda e enfrentar maior concorrência no ano passado, disse Fernandes Filho. Em meio à crise, pequenos fabricantes surgiram no mercado brasileiro e passaram a disputar espaço. A Kepler estimou aumento em sua participação de mercado, de 48% em 2008 para 50% em 2009, quando lançou a linha de silos KW Fazenda, equipamento projetado para atender a necessidade de pequenos e médios produtores. O déficit de armazenagem é estimado em torno de 15% da safra brasileira, mas não há um número oficial. A Kepler divulgou, no dia 10, que instalará dois silos com capacidade para 18 mil toneladas cada em Pirapora (MG) para a NovaAgri. A empresa alugará o serviço de armazenagem.

No primeiro trimestre do ano passado, além do enfraquecimento do mercado, a ociosidade também prejudicou o resultado. Fernandes Filho disse que as fábricas de Panambi (RS) e Campo Grande (MS) já operam atualmente em dois turnos, sem ociosidade. "Estamos satisfeitos com o nível de produção", comentou, sem detalhar o volume de pedidos em carteira.

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