A cifra supera 11% os valores obtidos em igual período do ano passado, segundo Synésio. O Dia da Criança é a melhor fase para as vendas do setor de brinquedos, respondendo por 35% da receita anual da indústria que este ano prevê faturar R$ 2,8 bilhões, 6% a mais que os R$ 2,6 bilhões obtidos no ano passado, estimou o presidente da Abrinq. A quantidade de produtos vendidos deve saltar de 185 milhões de brinquedos, no ano passado, para 200 milhões este ano. O otimismo do setor é estendido para o fim deste ano. Tradicionalmente, o Natal é a segunda data mais importante para as vendas de brinquedos, que responde por 30% da receita anual da indústria. No fim do ano as vendas de brinquedos só não são melhores porque, nesta data, jogos e bonecas concorrem com roupas e tênis infantis.
Com um market share de 15% a 18%, a Brinquedos Estrela registrou crescimento de 10% nas encomendas para o Dia da Criança deste ano, comparado com igual período do ano passado.
Diante da retomada de crescimento da economia, o diretor de Marketing da Estrela, Aires Leal Fernandes, adiantou que as vendas para o Natal este ano deverão ficar 20% acima das vendas obtidas em igual período do ano passado. Desta forma, tal taxa deverá superar a registrada nas vendas para o Dia da Criança (10%), o que seria um caso atípico para a empresa. A explicação para o fenômeno é a baixa base de comparação de vendas para o Natal de 2008 quando as encomendas foram "fracas" em razão do agravamento da crise "que pegou" o setor a partir de outubro, disse.
O diretor da Estrela acredita que a empresa, de capital aberto, deverá fechar 2009 com faturamento de 15% maior do que o obtido no ano anterior. O mesmo patamar de crescimento é previsto para a produção de brinquedos que atingiu 6 milhões em 2008.
Para o Dia da Criança, a Estrela lançou 100 produtos. A expectativa é fechar este ano com 182 novos produtos. A preferência brasileira é pelos brinquedos eletrônicos.
Isenção de impostos
Os fabricantes de brinquedos aguardam novas medidas do governo no dia 30 deste mês, quando será realizada a reunião do comitê do Programa de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do setor de brinquedos. No topo das expectativas dos empresários estão a redução do imposto de importação para partes e peças de brinquedos e a criação de linhas de crédito a serem concedidas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) para aquisição de máquinas e equipamentos e aumento do parque produtivo do setor, segundo a Abrinq. "Precisamos de algumas linhas de crédito para reformar e construir todo o sistema de produção de brinquedos", reforçou Synésio, também fabricante de brinquedos. O PDP do setor de brinquedos faz parte da política industrial lançada nos últimos anos pelo governo federal. A reunião, confirmada pelo Ministério da Industria e Comércio Exterior (Mdic) será realizada na sede do órgão que, por intermédio da assessoria de imprensa, não quis adiantar as eventuais medidas, uma vez que elas ainda serão discutidas.
O objetivo da indústria nacional de brinquedos é ganhar mais competitividade internamente no mercado e driblar mais a concorrência chinesa chamada de desleal que ainda responde por 45% das vendas internas. A fatia, contudo, tem reduzido, pois já alcançou 70% no passado, disse Synésio que afirma que o setor de brinquedos quase não surtiu os efeitos do agravamento da crise financeira mundial que completou um ano este mês.
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