MERCADO LIVRE

terça-feira, 7 de abril de 2009

ARACRUZ - RESULTADOS

Aracruz divulga resultados do 4º trimestre

A Aracruz comercializou 735 mil toneladas no quarto trimestre de 2008, representando um crescimento de 8% em relação ao registrado no terceiro trimestre do ano. Em 2008, o volume de vendas foi de 2,9 milhões toneladas de celulose, 6% inferior ao registrado em 2007. Os compromissos com a base de clientes através de contratos de longo prazo, assim como a concentração das vendas da Aracruz no segmento de papéis sanitários — que representam cerca de 60% das vendas totais — ajudaram a minimizar os efeitos da redução da demanda observada em todos os mercados, uma vez que o setor de papéis sanitários é menos sensível aos ciclos econômicos em comparação com outros tipos de papel.

Receita operacional líquida - A receita operacional líquida da Aracruz no quarto trimestre de 2008 foi de R$ 932,7 milhões, um aumento de R$ 131,1 milhões em relação ao terceiro trimestre do ano, e R$ 29,1 milhões inferior à do mesmo período de 2007. A receita operacional líquida de celulose no quarto trimestre foi de R$ 885,2 milhões, 15,4% acima da registrada no terceiro trimestre, em razão do aumento de 8% no volume vendido e da valorização do dólar em relação ao real, o que compensou o efeito do menor preço do produto em dólares. Custo caixa de produção - A companhia registrou custo caixa de produção consolidado de R$ 494 por tonelada no quarto trimestre de 2008, um aumento de 2% (ou R$ 11/t) em relação ao terceiro trimestre do ano, devido principalmente ao impacto das paradas nas fábricas A e C da Unidade Barra do Riacho (ES) e ao efeito do câmbio, que foram parcialmente compensados por menores gastos devido ao programa de redução de custos.

O custo caixa de produção da Aracruz em 2008 ficou em R$ 468 por tonelada, 9% superior ao de 2007. Se desconsiderar o efeito câmbio, o aumento seria de 6%, em linha com a inflação brasileira, apesar do aumento de algumas matérias-primas ter sido bem acima desse percentual.

EBITDA - O EBITDA ajustado, incluindo 50% do indicador da Veracel, atingiu em 2008 R$ 1,441 bilhão, com margem de 42%. No quarto trimestre, o EBITDA ajustado foi R$ 397 milhões, com margem de 43%, contra 40% do terceiro trimestre de 2008, devido principalmente ao maior preço médio líquido em reais (7%) e ao maior volume de vendas (8%), parcialmente compensados pelo impacto do maior custo caixa de produção da celulose e fretes, na base por tonelada, (7%).

Posição de caixa e dívida - Em 31 de dezembro de 2008, a posição de caixa da companhia era de R$ 1.009 milhões, dos quais 85% aplicados em moeda local. A dívida líquida, incluindo 50% da Veracel, ficou em R$ 8.683 milhões, com prazo médio de 55 meses.

Derivativos – A Aracruz anunciou, no início de novembro, ter eliminado 97% da sua exposição com derivativos, resultando em uma perda financeira de US$ 2,13 bilhões (fair value). Em janeiro, a companhia fechou um acordo com os bancos para a reestruturação da dívida. Entre os principais pontos desse acordo está o prazo total de amortização de nove anos, com taxa de juros de Libor + 3,5% ao ano, com acréscimos de 25 pontos base, resultando numa taxa ponderada de Libor + 4,6% ao ano. Com o impacto gerado pelas operações com derivativos, além das despesas de variação monetária e cambial, o prejuízo líquido do ano foi de R$ 4,194 bilhões, ou R$ 4,1/ação.

Governança – Para fortalecer sua governança, a companhia criou em novembro a nova Diretoria de Controle e Gestão de Risco e contratou uma empresa especializada para recomendar melhores práticas de controles internos e emitir um diagnóstico dos modelos de gestão de riscos corporativos e de autocontrole. A partir dos resultados desse trabalho, a companhia está revisando seus controles internos, abrangendo no seu escopo itens como modelo de governança, política financeira e alçadas, estrutura de reporte e a estruturação de processos e controles. Até o momento, a Aracruz já realizou algumas etapas, como revisões do fluxo de aprovações e definição de novo modelo para gestão de riscos.

VCP – Com base nos sólidos fundamentos operacionais da Aracruz e nas oportunidades de sinergia existentes, o Grupo Votorantim, através da Votorantim Celulose e Papel (VCP), concluiu as negociações com o Grupo Arapar para aquisição de aproximadamente 28% do capital votante da Aracruz Celulose. Posteriormente, a Família Safra exerceu o direito de tag along e, como resultado, a VCP irá deter 84% do capital votante da Aracruz. Em decorrência, haverá uma reestruturação societária das empresas e a Aracruz será transformada em subsidiária integral da VCP. A empresa que resultará da futura união entre a Aracruz e a VCP terá uma capacidade produtiva de quase 6 milhões de toneladas anuais de celulose, somando mais de 1 milhão de hectares de áreas florestais — sendo 500 mil hectares de áreas de preservação permanente e 680 mil hectares de plantios de eucalipto — em seis diferentes estados (ES, BA, MG, RS, SP e MS). Serão cerca de 15 mil empregos (próprios e terceirizados) e receita líquida anual da ordem de R$ 7 bilhões.

Com escala e presença globais, 37% do mercado de celulose de eucalipto, 22% do mercado de fibra curta e 12% do mercado mundial de celulose, a nova Companhia terá foco em projetos de alto retorno e um forte compromisso com a sustentabilidade. Mercado de celulose – Como reflexo da crise mundial e da redução da demanda em todos os setores, o consumo e a produção de papel tiveram a maior queda trimestral da história durante o quarto trimestre de 2008. A demanda mundial de papel de imprimir e escrever (I&E) caiu 12% em dezembro, em relação ao mesmo período de 2007. Os embarques de papel de I&E para os Estados Unidos caíram mais de 20%, enquanto na Europa o declínio foi superior a 3%. Produtores de celulose reduziram a produção para obter uma melhor relação com a demanda, mas nem mesmo as paradas, praticadas pelos principais produtores globais, impediram a tendência de aumento dos estoques no último trimestre de 2008. Os estoques dos produtores mundiais fecharam em dezembro com um nível de 46 dias de suprimento (em 2007 eram 29 dias). A percepção mais comum é de que os Estados Unidos, que anunciaram o maior pacote de estímulo econômico, sairá da recessão até o final de 2009, contribuindo assim para a estabilização e o crescimento de outras regiões. Esse cenário, associado aos cortes de capacidades existentes e, o adiamento ou cancelamento de novos projetos, deve suspender a deterioração do equilíbrio entre a oferta e a demanda, podendo resultar em um melhor cenário para a indústria ainda em 2009.

Estratégia - A Aracruz Celulose realinhou sua estratégia de atuação, tendo em vista o agravamento da crise no mercado financeiro global, com o consequente desaquecimento das principais economias mundiais e a retração da demanda por commodities, incluindo celulose. A companhia estabeleceu como foco estratégico para os próximos anos a ênfase na excelência operacional, através da redução de custos e despesas. Desde o início da crise, a companhia adotou uma série de medidas para aumentar a eficiência operacional e preservar a liquidez no cenário adverso, incluindo:
• Redução de custos e despesas operacionais;
• Suspensão da compra de terras e formação de florestas para o projeto de Minas Gerais
• Adiamento dos projetos Guaíba II (RS) e Veracel II (BA); e
• Venda de ativos não operacionais.

Parte dessas medidas já começou a gerar resultados positivos para o desempenho operacional da companhia, que busca administrar um nível maior de endividamento em um ambiente de restrição de crédito. Veja o release completo dos resultados de 2008 em www.aracruz.com.br/ri.

ATENÇÃO: As informações operacionais e financeiras da Aracruz aqui apresentadas com base em números consolidados e em reais, conforme princípios contábeis adotados no Brasil, não incluem a consolidação proporcional de 50% da Veracel, exceto onde de outra forma indicado. Os resultados da Veracel são contabilizados via equivalência patrimonial.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Aracruz

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