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sábado, 28 de março de 2009

MILK11-Dona da Parmalat liquida R$ 180 milhões em dívidas

Dona da Parmalat liquida R$ 180 milhões em dívidas
Negociação com credores faz papéis da empresa dispararem na Bovespa

27.03.2009 11h58
Portal EXAME -
A Laep Investments, controladora da Parmalat Brasil, atualmente em recuperação judicial, conseguiu negociar com credores o pagamento de 180 milhões de reais em dívidas. A notícia provocou a disparada das units (MILK11) da companhia na Bovespa. As debêntures emitidas em 26 de abril de 2007 serão resgatadas, o que permitirá à empresa liquidar sua maior dívida. A companhia afirma que a operação tem por objetivo fortalecer sua estrutura de capital, e não prejudicará sua capacidade produtiva, nem provocará impactos no plano de negócios dos próximos anos. "O grupo também assume o compromisso de preservar os empregos, bem como manter a atividade e sua relação de parceria com os produtores de leite no país", afirma a empresa em comunicado.
A negociação com a administradora de carteiras Morgan Stanley Dean Witter, que detém as debêntures, inclui a cessão dos títulos para o Emerging Markets Special Situations 3 Limited (EMSS) - fundo controlado pelo GLG Fund, um dos maiores fundos de investimentos do mercado global - e para a Companhia Brasileira de Agronegócios e Alimentos (CBAA), empresa constituída no Brasil por um fundo de private equity estrangeiro, com o objetivo de investir em agronegócios e alimentos. O EMSS poderá converter as debêntures em capital da Laep, enquanto a CBAA receberá ativos da Laep como forma de pagamento.
Entre os ativos negociados estão a Integralat, fábrica de leite sediada em Itaperuna, no Rio de Janeiro, a unidade de biscoitos e o centro de distribuição, ambos localizados em Jundiaí, São Paulo, além das marcas Glória e Duchen. No ano passado, a Laep contratou o banco de investimentos UBS Pactual para encontrar compradores para os ativos, mas com a crise, as propostas ficaram abaixo das expectativas da empresa. "Esta operação representou o melhor valor de realização pelos ativos negociados", diz a Laep.
Novos acionistas
Para que a dívida junto EMSS possa ser transformada em participação na Laep, as debêntures detidas pelo fundo darão origem a um novo empréstimo, dessa vez no valor de 20 milhões de dólares. Num prazo de 18 meses, esse empréstimo poderá ser convertido em capital da empresa, conferindo ao EMSS 87 milhões de ações preferenciais classe A.
A Laep também oferecerá a outros credores a possibilidade de transformar a dívida em participação na companhia. Para evitar que os acionistas minoritários sejam prejudicados pela diluição de sua participação na empresa - já que quanto mais ações, menor o valor de cada uma delas - a Laep diz que, embora não seja uma exigência da legislação em vigor, faz questão de "estender aos acionistas minoritários o direito de preferência". A empresa, no entanto, não revela quais os termos da operação, ressaltando que dará maiores esclarecimento a partir de 17 de abril, quando as transações com os credores forem concluídas.

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