MERCADO LIVRE

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

RPMG4 - Estudemmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm !!!!Estamos com mais de 80% de acordos assinados e prestes a concluir o processo.

Entrevista: Pet Manguinhos vê sucesso de nova gestão e já nota geração de caixa

Por: Giulia Santos Camillo
04/11/10 - 12h49
InfoMoney


SÃO PAULO - Dona da maior alta da bolsa no acumulado de 2010, aRefinaria de Petróleo de Manguinhos (RPMG3RPMG4) não baseia-se apenas em especulações. Com uma nova gestão desde dezembro de 2008, a empresa pretende retomar a produção e investir em uma cesta variada de produtos, de forma a aproveitar o bom momento da indústria petroquímica no Brasil.
Em entrevista exclusiva à InfoMoney, Paulo Henrique Menezes, superintendente-executivo da Refinaria de Manguinhos, falou sobre os projetos da empresa, além de ter negado as especulações sobre sua potencial venda. "O mercado, nossas ações e nossos números demonstram que estamos atingindo o sucesso desejado", afirmou. Confira a conversa:
InfoMoney: Pode-se dizer que os problemas da Pet Manguinhos começaram em 2005, com um cenário de alta no mercado internacional de petróleo e manutenção dos preços dos derivados vendidos pela Petrobras no Brasil? Na época a empresa decidiu pela parada temporária da produção e busca por investimentos alternativos. O que aconteceu de lá para cá?
Menezes: Na verdade a situação ocorrida em 2005 da subida do preço do petróleo apenas finalizou um processo que vinha ocorrendo dentro da Refinaria, um processo de gestão ineficaz. A insistência na adoção de um modelo ultrapassado, tanto na administração quanto na produção e venda, havia tornado a Refinaria uma empresa ineficaz, sem visão de mercado.
"O mercado, nossas ações e
nossos números demonstram que
estamos atingindo o sucesso desejado"
A nova administração procurou inserir a Refinaria dentro do atual contexto de mercado, criando uma cesta variada de produtos, buscando a implantação de um sistema de trading eficaz e transformando sua área física em um cluster, otimizando todo seu potencial logístico. Isso contemplou um redirecionamento do nosso hardware para duas vertentes, a refinaria Boutique e o refino de oportunidades.
Em 2007, a empresa informou que retomaria as operações em breve. O que faz com que a empresa acredite que agora essa tentativa dará certo, sendo que foi frustrada há três anos? O que mudou?
Não estávamos na gestão em 2007, logo não sabemos quais os critérios utilizados naquele momento para essa afirmativa. Iniciamos a gestão em dezembro de 2008, (completaremos dois anos em dezembro próximo) e, desde então, não temos mais expectativas e sim certeza do sucesso.
O mercado, nossas ações e nossos números demonstram que estamos atingindo o sucesso desejado. Hoje existe um projeto consistente alinhado com o mercado, onde olhamos o mercado internacional e respeitamos o maior player nacional.
Nos planos da empresa há seis projetos, sendo que havia a intenção de iniciar as atividades de dois deles no segundo semestre deste ano (TGLM e Armazenagem de GLP). A intenção prossegue? Como está o andamento desses projetos?
Todos os projetos continuam em andamento. Estamos em fase final de estudo de alguns, em implementação de outros e aguardando algumas autorizações para darmos início aos que já estão em fase de implementação. Acreditamos que ambos os processos serão finalizados até o inicio do próximo ano.
Em relação ao Projeto Biodiesel, no primeiro semestre a empresa informou à Bovespa que se encontrava em fase final de manutenção e comissionamento da planta. Há previsão para o início da operação? O que falta?
Estamos no processo de adequação de documentação para início da produção. Estimamos que isso ocorrerá no primeiro semestre de 2012. O Biodiesel é um dos projetos, porém não é nosso carro-chefe. Acreditamos que o grande ativo de nosso projeto seja a logística e que o mesmo será reconhecido pelo mercado no momento em que o projeto Biodiesel nacional se encontrar num momento mais consolidado.
A empresa já tem planos de matérias-primas para a produção de biodiesel? Quais partes do processo de produção ficarão nas mãos da empresa?
Todo estudo do Projeto de produção já foi concluído onde foram definidas rotas e potenciais fornecedores. A idéia da companhia é que a planta seja administrada por um parceiro com experiência no setor. Estamos em negociação com algumas empresas.
No início do ano, a Pet Manguinhos assinou um protocolo de intenções com a Multiner. Ele tem a ver com o projeto Termelétrica? Como estão os estudos com a Multiner? Neste projeto há outras parcerias?
"O importante é que a companhia
vem gerando caixa e ele está sendo
totalmente reinvestido"
É um estudo complexo que demanda a análise de muitas variáveis. Ele continua em estudo e dedicamos, nesse primeiro momento, apenas à Multiner a prerrogativa inicial da avaliação. Temos outros grupos interessados, no entanto, aguardamos o posicionamento da Multiner para nos decidirmos, o que se dará até o início de 2011. Caso a Multiner não sinalize com um projeto até o inicio do próximo ano, buscaremos outros parceiros, pois a oportunidade é consistente e não pode ser desprezada.
Ainda dentro dos planos da Manguinhos, há o projeto Refinaria Boutique, com produção de maior valor agregado. A implantação está prevista para 2011, certo? O que falta para concluir o projeto?
O projeto contempla a adequação do processo de refino e está dividido em três fases. A primeira foi concluída em julho, quando retomamos o processo, efetivamente, de refino. A segunda e terceira fases, que contemplam algumas mudanças estruturais, bem como modernização da planta e implantação de novas tecnologias, estão em andamento, conforme o cronograma, e serão concluídas até o final de 2011. Além disso, temos o projeto de craqueamento de ETERS, o qual só estará finalizado no início de 2012.
Tendo em vista os planos da Manguinhos, há uma projeção de investimento para este ano e o próximo? Como a empresa pretende se financiar para levar a cabo tais projetos?
A companhia vem utilizando-se de capital próprio para a adequação da planta, bem como para o start dos projetos. Nos projetos de refino estamos adotando a estratégia de ceder algumas ações para reaplicar 100% do recurso no próprio projeto; já nos projetos de tancagem e de biodiesel ainda estudamos a possibilidade de ter um parceiro investidor.
Em agosto, a empresa informou que uma de suas unidades de destilação voltou a operar. Isso foi fruto do contrato assinado com a Ultragaz? Quais as perspectivas e valores desse acordo?
O retorno de uma de nossas unidades, que se deu em agosto, é parte do projeto total da companhia. O acordo assinado com a Ultragaz busca retomar parte da unidade de reforma catalítica.
Atualmente, como está a operação da Manguinhos? Quantas unidades estão em atividade e que tipo de derivado está sendo produzido?
A Refinaria vem operando com uma unidade de Destilação Atmosférica produzindo gasolina A e solventes especiais, tais como: hexano e heptano voltados para a indústria de soja e automobilística, no final de janeiro devemos finalizar a segunda parte do projeto refino que é a entrada em operação da destilação a vácuo, que permitirá o processamento do petróleo dos poços maduros, e teremos também a retomada das unidades de reforma catalítica e hidrotratamento.
No final de junho, a empresa assinou um protocolo de intenções com a Petrobras para estudar oportunidades de negócios entre as duas empresas. Há novidades em relação a esses estudos? Quais as expectativas da Manguinhos em relação a uma possível parceria?
O processo encontra-se em andamento. Existe cláusula de sigilo que não permite dar maiores detalhes sobre o andamento do projeto.
Ao mesmo tempo, a Pet Manguinhos é ré em uma ação cível da Petrobras, que exige os valores de uma carga de petróleo recebida e não paga pela refinaria. Como fica essa situação? Já foi resolvida? Qual o valor dessa ação?
A refinaria vem tratando com o Departamento Jurídico da Petrobras a validade e o eventual valor dessa ação, sendo importante destacar que a empresa busca superar todos os empecilhos existentes com a Petrobras e que consequentemente vem trabalhando para superar este ponto.
Desde junho, a empresa já aprovou aumentos de capital no valor de R$ 32 milhões. Quais os motivos para tais operações?
Injeção de recursos na companhia, visando a implementação de seus projetos.
A empresa entrou com pedido de homologação de plano de recuperação extrajudicial ao final de 2008. Há novidades em relação a isso?
Estamos com mais de 80% de acordos assinados e prestes a concluir o processo.
Com os planos futuros em mente, a empresa pretende prestar mais atenção em suas ações negociadas em bolsa? Há projetos, por exemplo, de fechar o capital, retomar os dividendos ou realizar um grupamento de ações?
Sempre prestamos bastante atenção ao movimento de nossas ações. No entanto, nosso foco principal tem sido o de retomar o valor da companhia, algo que tem acontecido - bastando, para isso, ver a valorização das mesmas. Não há intenção nem projetos para fechamento de capital e os dividendos serão consequência natural do sucesso que vem sendo alcançado. Não há também intenção de grupamento de ações até o momento. O foco principal da companhia é implementar todos os projetos existentes.
"Nosso crescimento tem
sido alvo de estudos. Mas não temos
interesse em vender"
Isso criará um complexo energético único, com uma localização privilegiada, contemplado o processo de petróleo, a produção de produtos especiais, a produção de biodiesel e a existência de um terminal de Granéis líquidos extremamente bem localizado e com uma grande capacidade de armazenagem. Este momento de grandes players prospectando petróleo e a pequena quantidade de oportunidades para armazenamento e processamento desses petróleos prospectados nos cria imensas oportunidades na prestação de serviço para tratamento de óleo e gás.
A exportação deste petróleo sem tratamento, direto das plataformas de produção agregará um custo de frete morto às companhias que prejudicará de forma considerável o resultado, assim a possibilidade de armazená-lo e tratá-lo em nossa planta é muito grande e com certeza é a alternativa existente mais viável.
Os resultados do segundo trimestre ainda não foram divulgados. Quando a Pet Manguinhos pretende regularizar a situação? Os números do terceiro trimestre sairão dentro do período estabelecido pela CVM?
Uma das mudanças necessárias para otimização da gestão foi a mudança do sistema de gerenciamento da empresa. Essa migração, em que pese tenha tornado a empresa mais moderna, provocou dificuldades no levantamento das informações para fechamento dos números. Nossa previsão é que, sanado esse problema, o terceiro trimestre saia dentro do prazo estabelecido pela CVM, que vem sendo informada sobre todo esse andamento.
Depois de seguidos prejuízos, há perspectivas de retorno à lucratividade?
Hoje a empresa já se tornou lucrativa, porém alguns mecanismos contábeis exigidos pela CVM comprometem a demonstração deste lucro. Para nós o importante é que a companhia vem gerando caixa e esse caixa está sendo totalmente reinvestido no projeto.
Para terminar, os rumores de uma possível venda da empresa sempre voltam ao mercado. Há propostas do tipo ou a Pet Manguinhos já estudou essa opção?
Nosso crescimento tem sido alvo de estudos e, acreditamos, interesse por parte de outras companhias e investidores. Não temos, no entanto, interesse em vendê-la. Começaremos, em breve, a colher os frutos desses dois anos de trabalho.

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