MERCADO LIVRE

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

RPMG4 - Um breve resumo , com noticias atuais, pra todos que me acompanham entenderem porque venho investindo e acreditando na Refinaria de Manguinhos.

Manguinhos se reinventa e ressurge com ares promissores -
Após passar por um período turbulento, quando teve de interromper o processamento de petróleo bruto, em 2006, a Refinaria de Petróleo de Manguinhos (RPM) - a última refinaria 100% privada de porte no país - parece ressurgir com ares promissores. A partir de 2008, quando foi adquirida pelo grupo Andrade Magro por R$ 7 milhões - R$ 2 milhões pelas ações e R$ 5 milhões para amortizar uma antiga dívida da refinaria com a Repsol -, uma nova estratégia foi desenhada, para que a unidade voltasse a crescer e atrair parceiros. De lá para cá, já foram aplicados R$ 40 milhões. O primeiro passo foi a retomada do processamento de petróleo. Após conseguir autorização da ANP para retornar à atividade de refino, Manguinhos voltou a operar no início de agosto, a partir de uma carga de 20 mil m³ de condensados vinda do Golfo do México. A capacidade atual de processamento autorizada pela agência é de 15 mil barris/dia. A refinaria, porém, espera chegar em breve a 20 mil barris diários, mediante nova autorização do órgão regulador, explica Paulo Henrique Menezes, superintendente da RPM.

Empresa vai produzir etano e fluidos

Para reencontrar o caminho do crescimento, a empresa aposta suas fichas em uma linha de produtos diferenciados, que tenham forte demanda e baixa ou nenhuma concorrência direta. "Podemos dizer que o projeto de refino é o coração da companhia. Buscamos nele criar a 'Manguinhos Boutique'. Ou seja, ter uma carteira de produtos para o mercado que a Petrobras, por exemplo, não produz ou não consegue atender plenamente", afirma o executivo. Assim, a partir dos condensados do Golfo do México será produzida gasolina com alta octanagem, similar à gasolina Podium da Petrobras, um produto na linha premium, com grande potencial de crescimento. Além disso, produtos específicos pouco encontrados no mercado nacional serão fabricados em Manguinhos, como o etano - usado na indústria química, em componentes de colas e solventes - e fluidos utilizados em sondas de perfuração, não fabricadas no país.

Acordo com o Ultra envolve US$ 400 milhões

Na prática, a intenção de companhia é obter ganhos relevantes em segmentos de produtos específicos que as empresas acabam precisando procurar fora do Brasil. "Um exemplo é o fluido para sondas de perfuração. Como não é fabricado aqui, a Petrobras tem de importá-lo. E isso com certeza eleva seus custos", explica Menezes. Manguinhos produzirá os fluidos de perfuração e outros produtos, como gasolina de aviação, a partir de GLP. Isso explica porque, também em agosto, a refinaria avançou no processo de buscar novos parceiros, assinando um acordo com o grupo Ultra, no valor de US$ 400 milhões, com duração de cinco anos, para fornecimento do combustível. Para o diretor da ANP, Allan Kardec Duailibe, a volta de Manguinhos ao refino é importante, pois mostra uma demanda de mercado. "Manguinhos se recupera em um momento favorável, no qual o mercado de derivados está bastante aquecido", ressalta.

Ao encontro da Petrobras

Apesar de uma das razões para o declínio operacional e financeiro de Manguinhos, no início da década, ter sido a concorrência desigual enfrentada pela companhia diante da Petrobras, Menezes garante que, ao contrário do que possa parecer, "a empresa está se posicionando ao encontro da Petrobras, e não de encontro a ela". O executivo ressalta que, além da relação cliente-fornecedor, pretende ser um parceiro da petroleira gigante. Prova disso é o protocolo de intenções assinado pelas duas empresas em junho. Segundo nota divulgada pela Petrobras, o acordo tem como objetivo "identificar oportunidades de negócios e possibilitar parcerias nas áreas de refino, incluindo a modernização de instalações operacionais da refinaria". A aproximação entre as empresas ocorreu, segundo Menezes, após a Petrobras perceber oportunidades de negócios em conjunto. "A Petrobras tomou conhecimento do que estávamos desenvolvendo e entendeu que podia participar como parceira, já que temos projetos interessantes de refino", diz o executivo.

Biodiesel e eletricidade

A nova estratégia adotada levou Manguinhos a diversificar suas operações. Um dos primeiros projetos elaborados pela direção foi a implantação de uma planta de biodiesel. Com tancagem de 215 mil m³, a unidade já está pronta para operar, faltando somente reativar licenças. "Precisamos fazer algumas adequações exigidas pela ANP. Estamos apenas aguardando a agência nos dar a autorização para começar a produzir", afirma Menezes. O executivo esclarece que a produção de biodiesel de Manguinhos será capaz de atender de 80% a 85% da necessidade do estado do Rio de Janeiro. "Como há a obrigatoriedade mínima da mistura do biodiesel, temos mercado para nosso produto. "Além do biodiesel, Manguinhos também analisa a implantação de uma termelétrica de 200 MW. Um protocolo de intenções foi assinado com a Multiner para estudos de viabilidade técnica e financeira. O objetivo é identificar a real capacidade de geração da nova usina e sua distribuição. Três geradores instalados na planta industrial da refinaria e que não eram utilizados poderão ser aproveitados no novo empreendimento. A comercialização da energia, caso a planta saia do papel, ainda não foi definida. Ou seja, os empreendedores ainda não sabem se venderão a energia em leilões para o mercado regulado ou no mercado livre.

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