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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

RPMG4 - De olho nas notícias. Juntando os fatos. Pode ou não acontecer da Manguinhos ser incorporada por Eike? O projeto de Manguinhos prevê: Construção de um Terminal Marítimo para interligar Manguinhos à Baía de Guanabara.


Infraestrutura

Portos de Eike Batista impulsionam Arg e Civilport

Dubes Sônego   (dsonego@brasileconomico.com.br)
23/07/10 12:14
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Investimentos da LLX no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, devem alcançar R$ 4,3 bilhões
Investimentos da LLX no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, devem alcançar R$ 4,3 bilhões

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A conquista dos contratos para a edificação dos dois maiores portos em obras no Brasil colocou em evidência duas empresas com atuação discreta no cenário nacional dos grandes projetos de infraestrutura.
São a mineira Arg e a carioca Civilport. A dupla venceu a disputa com algumas das maiores empreiteiras do país pela construção dos portos do Açu e do Sudeste, ambos da LLX, companhia de logística de Eike Batista, e poderá entrar em vantagem na disputa por projetos futuros na área.
Na avaliação de especialistas como Peter Wanke, do Centro de Estudos em Logística do Coppead, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), construir portos deixou de ser desafio dos mais relevantes para a engenharia brasileira há tempos.
Uma série de construtoras de médio e grande portes teria condições de desenvolvê-los. "Não se trata de obras tão complexas quanto as do trem-bala", afirma o acadêmico.
Porém, em um ambiente de apagão de mão de obra, a possibilidade de engrenar projetos em sequência e manter pessoal qualificado pode ser um diferencial importante.
"Na construção civil, já estão faltando de serventes a mestres de obras e engenheiros", afirma. "E qualificação é algo que leva tempo."
Há mais de duas décadas, o país praticamente não investe na construção de portos de grande porte. Em anos recentes, diversos terminais de carga dentro de terminais públicos foram entregues à gestão da iniciativa privada, que modernizou suas operações.
Mas, fora isso, foram poucos os projetos de vulto efetivamente realizados.
Um dos raros exemplos é o do porto da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), em Santa Cruz (RJ), construído pela Carioca Christiani-Nielsen Engenharia.
Mas, de acordo com estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), há necessidade de outras 133 obras de construção, ampliação e recuperação de áreas portuárias no país, que demandarão aportes de pelo menos R$ 20,5 bilhões nos próximos anos.
Novo porte
Os dois contratos deverão reforçar a musculatura financeira das companhias. Estima-se no mercado que somente as obras civis entregues ao consórcio formado pelas construtoras no Porto do Açu somem cerca de R$ 1 bilhão. As do Porto do Sudeste representariam outros R$ 600 milhões.
É parte significativa dos orçamentos de cada um dos projetos, divulgados em comunicados ao mercado. Iniciado em 2007, o do Açu está em fase mais adiantada, e custará aos cofres da LLX R$ 4,3 bilhões. Já a construção do Porto do Sudeste, iniciada na semana passada, demandará R$ 1,8 bilhão.
Com a ajuda dos contratos da LLX, a Arg poderá em breve passar a figurar na lista das dez maiores construtoras brasileiras.
No mais recente levantamento feito pela revista O Empreiteiro, especializada no setor de infraestrutura e construção, ela aparece na 17ª posição, com faturamento de R$ 597 milhões, em 2008.
No mesmo ranking, a décima posição é ocupada pela Gafisa, com vendas totais de R$ 934 milhões, e o primeiro pela Odebrecht, com R$ 4,9 bilhões.
Segundo Joseph Young, coordenador da pesquisa que aponta as 500 maiores empresas do setor todos os anos, a Arg aparece entre as 20 maiores construtoras há cerca de cinco anos, o que mostra "consistência" nas vendas. E já atua em diversas praças do país e no exterior, outra característica das grandes do setor. 
Procuradas a LLX e a Arg não se manifestaram.

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