MERCADO LIVRE

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

BRASIL , BRASIL , BRASIL - VIVA O LULA - VIVA O IBOVESPA ( Força Ibovespa, vamos subir né? ) Notícia animadora.

Otimismo da indústria é o mais forte em 11 anos

Marta Nogueira, Jornal do Brasil

RIO - As fortes expectativas com a retomada da economia brasileira fez com que o otimismo no setor industrial atingisse o maior nível em 11 anos. O Índice de Confiança do Empresário Indústrial de janeiro, calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), alcançou 68,7 pontos, em uma escala que vai de zero a 100. Avaliado a cada três meses, o indicador cresceu 2,8 pontos na comparação com outubro e teve alta de 21,3 pontos em relação a janeiro de 2009.
As três indústrias pesquisadas, extrativa, transformação e construção civil, mostraram resultados acima de 60 pontos, o que é considerado positivo pela CNI. O índice mais alto foi da construção civil – que responde por quase 20% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial – incluído este mês no cálculo, com 68,9 pontos. De acordo com a CNI, o destaque foi impulsionado pelos incentivos governamentais.
– Além de criar facilidades para as classes mais baixas comprarem casas próprias, o governo ainda reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para material de construção até 30 de junho – avaliou o gerente executivo de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.
O economista e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, acredita que este otimismo é exagerado e preocupante.
– Precisamos lembrar que mesmo com a demanda do comércio crescente, temos sérios problemas de infraestrutura – ressaltou Pires. – O crescimento econômico excessivo pode não se sustentar.
Segundo Fonseca, as expectativas costumam ser positivas no início do ano. Mas, este ano, foram ainda maiores, por causa da recuperação da economia brasileira tão divulgada e comentada no mundo. O estudo mostra que a confiança dos empresários na economia alcançou 65,4 pontos – 4,1 pontos a mais que a confiança na própria empresa.
– Mesmo os industriais que ainda não sentiram melhora, estão otimistas em relação ao futuro – completou.
Para os próximos seis meses, o indicador apontou 69,5 pontos para a confiança dos empresários na economia e 72,9 pontos nas próprias empresas. A CNI afirma que, com as fortes expectativas, é possível que os empresários retomem todos os projetos interrompidos com a recessão.
Para o Coordenador do Grupo de Indústria e Competitividade do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), David Kupfer, havia um certo receio dos industriais em relação ao câmbio. Com o dólar em queda, ficava difícil competir com os preços dos importados.
– Agora não há mais medo que o dólar fique abaixo de R$ 1,50 – avaliou. Além disso, Kupfer também acredita que a instabilidade da economia internacional e a chegada do ano eleitoral não incomodam mais os empresários. “As expectativas mundiais já melhoraram e não comprometem o otimismo.
O índice para a indústria de transformação aumentou pela quarta vez seguida e assumiu valor recorde: 67,7 pontos. Os dos setores de limpeza e perfumaria e móveis registraram os maiores recuos: 4,1 pontos e 8,8 pontos, respectivamente. No outro extremo, destaca-se o aumento observado nos setores de álcool e madeira, com crescimento de mais de 10 pontos. Já o da indústria extrativa manteve-se praticamente estável, passando de 65,0 para 65,2 pontos.
Baixa renda eleva confiança do consumidor
As classes de renda mais baixas da população foram as responsáveis pela mudança de tendência da confiança do consumidor no início de 2010, que se mostra mais otimista. Depois da queda de 2,4% em dezembro, o indicador subiu 0,6% em janeiro, atingindo os 113 pontos, segundo divulgou terça-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
– Para as famílias mais pobres houve um melhora no mercado de trabalho – justificou o economista da FGV, Aloisio Campelo. – Entre as quatro faixas de renda pesquisadas, a faixa mais baixa foi a que apresentou o crescimento mais intenso do índice de confiança em janeiro.
A confiança do consumidor inserido na faixa de renda familiar mensal de até R$ 2.100 avançou 3,7%. A alta ficou acima da média nacional, e bem superior ao resultado de dezembro, que foi de 1,8%.
– O fato de não haver uma explosão inflacionária no começo do ano aumentou a esperança das famílias de baixa renda, que até já falam em comprar mais bens duráveis – disse Campelo.
Por outro lado, as famílias com maior poder aquisitivo se mostraram menos otimistas no começo deste ano. Segundo Campelo, o grupo pode estar influenciado pelo ritmo gradual de recuperação da economia e preocupado com possíveis picos inflacionários provocados pelo maior aquecimento interno, o que pode causar uma elevação da taxa de juros (Selic).
– Não há uma expectativa negativa quanto à economia. As faixas de renda mais altas apenas estão com otimismo mais moderado quanto ao futuro – avaliou Campelo.
O componente de situação atual dos consumidores brasileiros subiu 3,2% em janeiro, para 124,8 pontos – o maior patamar da série histórica iniciada em setembro de 2005. O de expectativas, por outro lado, caiu 1%, para 106,6 pontos – o menor nível desde maio de 2009.
Com agências
22:20 - 26/01/2010

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