Capa // PS3 e Xbox 360 ficam mais baratos para alcançar o Wii, líder absoluto de vendas
Playstation 3, Xbox 360 e Wii completam este mês três anos pela disputa da preferência dos jogadores. Embora as vendas indiquem uma séria vantagem do console com sensor de movimentos da Nintendo, cada um tem o seu charme: o Xbox 360 com a comunidade online Live e o PS3 com fortes títulos exclusivos e o tocador de blu-ray. A variedade de serviços é tamanha que a escolha do melhor videogame acaba restrita a um único critério: o gosto do jogador.
A queda dos preços movimentou a economia e trouxe neste ano novos jogadores para a atual geração. É o caso de Leonardo Mendes, de 26 anos, e de Nauê Bernardo Pinheiro, de 20, que adquiriram, respectivamente, um Playstation 3 e um Xbox 360. "Eu preferia o Wii, mas escolhi o 360 por causa dos jogos. Penso em ter um PS3, mas não trocaria de console por causa dos títulos exclusivos que já tenho", afirma Nauê.
As razões de Leonardo são as mesmas: "O Playstation 3 me atraiu mais por causa dos jogos exclusivos. Além disso, tem o tocador de blu-ray", afirma. Por alguns instantes, os cortes chegaram a mexer positivamente com as vendas. O Playstation 3, que esteve sempre atrás do Wii e do Xbox 360 nas vendas mensais de consoles, chegou a passar os dois consoles em setembro deste ano, com o anúncio de sua versão Slim e o corte de preço de US$399 para US$ 299.
Brasil - A principal novidade deste ano ficou por conta da chegada da divisão de games da Sony ao Brasil, se juntando à Microsoft, presente aqui desde 2006. É a primeira vez que todas as principais fabricantes de games atuam oficialmente no mercado nacional (a Nintendo está no país por meio de uma importadora), coisa que não acontecia desde a época em que o Super Nintendo, representado pela Gradiente, e o Mega Drive, pela Tectoy, disputavam a preferência do jogador brasileiro.
No entanto, este avanço fica só na teoria, já que a Sony por enquanto trouxe apenas o Playstation 2, que foi lançado há nove anos. O console já é vendido no site da Sony Style (www.sonystyle.com.br), loja especializada da empresa, a R$ 799. Lançamentos e jogos de catálogo são comercializados a R$ 119 e R$99, respectivamente. Já o Xbox 360, primeiro console da atual geração a chegar ao país, completa três anos em território nacional. A Microsoft comemora conquistas, como a venda de alguns jogos traduzidos para o português, por exemplo, o Halo 3: ODST.
Alguns dos maiores empecilhos para o crescimento da indústria de games no Brasil são velhos conhecidos dos jogadores: os impostos. De acordo com Milton Beck, a alta carga tributária sobre consoles tornam seus preços muito altos, inclusive quando comparados a outros produtos eletroeletrônicos importados. "O polo principal de videogames da América Latina é o México, que é menor do que o Brasil em todos os outros setores relacionados à tecnologia, menos nos games", explica. Uma tentativa interessante de contornar o problema dos impostos é tornar a distribuição dos games digital. É o caso do Zeebo, da Tectoy, que vende seus jogos por uma rede 3G, sem custos adicionais para o jogador. O console começou a servendido em todo o país no fim deste ano, por R$ 299.
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