MERCADO LIVRE

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

TELB4 - Olho nas notícias. Cada vez mais se fala da Telebrás.

A reunião de ministros com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir o Plano Nacional de Banda Larga, prevista para a próxima semana, pode ter que ser adiada. O secretário de Logística e Tecnologia da Informação do ministério do Planejamento, Rogério Santanna, admitiu há pouco a dificuldade de concluir até a semana que vem os estudos adicionais pedidos pelo presidente sobre o programa.
Em reunião no dia 24 de novembro, Lula pediu que fosse feito um levantamento de quanto custaria criar uma infraestrutura estatal de banda larga para chegar até o consumidor final. Os estudos iniciais apontavam apenas para a atuação do governo no "atacado", fazendo a transmissão de dados, e não na distribuição dos serviços.

Encarregado de coordenar o estudo, Santanna disse que está trabalhando no projeto, mas como o presidente viaja na terça-feira que vem para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague, é possível que não haja tempo para concluir os estudos. A reunião então, segundo Santanna, ficaria para a semana seguinte ou para o próximo ano.

O secretário não quis falar em números de investimentos nem na eventual demanda pelos serviços. Mas reafirmou a ideia de usar como infraestrutura principal as redes ópticas da Petrobras, Eletrobrás e Eletronet. Esta empresa estatal, de acordo com a proposta do secretário, seria administrada pela Telebrás. Os novos estudos são para levantar o custo das ligações entre essas redes e os municípios e depois até a casa ou escritório do cliente.

Na reunião de novembro, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, também apresentou uma proposta de massificar a banda larga, só que em parceria com as empresas de telefonia. A meta fixada no projeto de Costa é chegar a 2014 com 90 milhões de acesso à internet em alta velocidade, o que demandaria investimentos de R$ 75 bilhões. A intenção é viabilizar um serviço para as classes C e D da população, a um preço máximo de R$ 30, por mês.

Santanna, que é contra a participação das teles, disse que o diagnóstico das duas propostas é o mesmo, o que difere são as soluções apresentadas. Segundo ele, num cenário mais positivo, seria possível concluir toda a rede no prazo de dois anos.

"Se o dinheiro não fosse limitado, em dois anos seria possível atender 3.700 municípios", afirmou. Ficariam de fora desta etapa áreas do Nordeste e do Norte onde não passam as redes das estatais. O secretário disse que o governo começaria atendendo cidades e nichos de mercado, como favelas, onde as teles não tem interesse de atender.

O secretário esclareceu que a previsão inicial feita por ele de custos de R$ 3 bilhões seria para levar banda larga a 135 mil pontos de governo, incluindo escolas, hospitais, postos de saúde e delegacias de polícia. Santanna participou há pouco do lançamento do documento "Alternativas de Políticas Públicas para a Banda Larga", elaborado pelo Conselho de Altos Estudos da Câmara dos Deputados.

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