MERCADO LIVRE

segunda-feira, 6 de abril de 2009

VCPA4 - ÁSIA

VCP aposta em aumento nos preços da celulose na Ásia

A recuperação da demanda chinesa por celulose, principalmente de eucalipto, abre a perspectiva de que haja um ajuste nos preços do insumo no mercado asiático. A opinião é do diretor-presidente da Votorantim Celulose e Papel (VCP), José Luciano Penido, para quem os preços praticados nas transações naquele mercado podem ter um reajuste de US$ 20 a US$ 30 por tonelada. Essa variação, destacou, não tem como base o preço de referência de mercado, uma vez que a crise resultou em uma desorganização das vendas locais. Desde então os preços praticados na região são definidos no ato da venda.
Segundo ele, atualmente os preços praticados no mercado asiático oscilam entre US$ 400 e US$ 420 por tonelada, abaixo dos preços de referência dos mercados europeu e norte-americano. Segundo o executivo, a tonelada de celulose negociada na Europa está sendo vendida por um patamar "um pouco abaixo de US$ 500", enquanto nos Estados Unidos o insumo é vendido por US$ 580.
As duas cotações estão abaixo dos valores projetados pela empresa em meados do mês passado. Nas projeções anunciadas pela VCP no último dia 23, o preço da celulose nos Estados Unidos estava em US$ 610, enquanto os preços na Europa estavam em US$ 510 por tonelada. "Na Europa ainda dependemos de uma retomada dos estoques. Acredito que já este mês o nível dos estoques no mercado europeu possa ser considerado em patamares normais", disse.
Devido à retomada mais expressiva das vendas para a China, é esperado que a Ásia volte a ganhar espaço nas exportações totais de celulose da VCP. No quarto trimestre do ano passado, a região respondeu por 30% das vendas externas da companhia, alta de cinco pontos percentuais sobre a participação nas vendas do terceiro trimestre. Os negócios na Europa, por outro lado, passaram 64% no terceiro trimestre para 60% nos três últimos meses de 2008.
A recuperação das vendas para a China, segundo Penido, é explicada pela recomposição dos estoques locais e pelo fechamento de fábricas na região. Essas unidades, explicou, utilizavam matérias-primas como palha de bambu, que ficaram menos competitivas do que a celulose de eucalipto. Apesar disso, o executivo afirmou ser difícil ter uma visão clara do nível de vendas para o final deste segundo trimestre. Os negócios no começo do trimestre, por sua vez, indicam a continuidade da recuperação dos negócios vista no primeiro trimestre, afirmou.

http://jcrs.uol.com.br/noticias.aspx?pCodigoNoticia=12388&pCodigoArea=33

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