MERCADO LIVRE

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

arcz6 e vcpa4 - Altíssimo potencial ao longo prazo.

SÃO PAULO - Uma fonte próxima às negociações entre a VCP e a Aracruz garatiu ao DCI que o Grupo Safra confirmará hoje seu interesse em vender sua participação na Aracruz. O anúncio acontecerá um dia depois de a VCP ter anunciado que concluiu negociação com as famílias Lorentzen, Moreira Salles e Almeida Braga para aquisição de 28,03% da companhia. Como o Safra tem também uma fatia de 28,03% na Aracruz, a empresa do Grupo Votorantim fechará, assim, a compra de 56,06% das ações da Aracruz e passará a controlar a maior empresa de celulose de fibra curta do mundo.

A VCP esperou o fechamento do acordo entre a Aracruz e os bancos credores sobre sua dívida de mais de US$ 2 bilhões, originados pelas perdas com derivativos para anunciar ontem a conclusão da aquisição, iniciada em agosto do ano passado.

Conforme a fonte, não existe um comunicado oficial do Safra, mas a forma como o negócio foi levado adiante - que resultou em uma aquisição, e não fusão, como previsto no início das conversas - teria feito com que a presidência do grupo "perdesse o interesse" em continuar na detenção dos papéis. "As projeções dos resultados da VCP com a aquisição já levam em conta a venda da Arainvest", disse a fonte.

Essa decisão vai ao encontro do que afirmou o presidente da VCP, José Luciano Penido, de que a tendência era a de exercerem o direito de venda, pois trata-se de uma questão financeira. "Não faz sentido ficar tomando tempo para alongar um recebimento que não será reajustado", afirmou a jornalistas o executivo.

Com isso, a VCP encaminhará à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de registro de oferta pública de aquisição das ações ON da Aracruz que se encontram no mercado.

Segundo o diretor-geral da Votorantim Industrial, Raul Calfat, mesmo com a aquisição das duas partes, o objetivo da VCP é se tornar o acionista majoritário, sem determinar um volume mínimo de ações da nova empresa. O BNDESpar, ficará com uma parte importante da empresa que será criada, mas apenas com direito a veto em questões relevantes na administração da companhia.

Expansão

Penido afirmou que a nova empresa terá como foco a produção de celulose. De acordo com ele, o negócio papel será mantido com os ativos existentes atualmente. Esse direcionamento está baseado na expectativa da empresa de que o preço da commodity se recuperará a partir do segundo trimestre de 2009, alcançando um preço médio nesse ano de US$ 640 a tonelada. Em longo prazo, esse valor aumentará podendo chegar a US$ 860 em 2011. Essa escalada, segundo a empresa, se daria em função da postergação de projetos de expansão de capacidade somada ao aumento da demanda, que superaria a oferta do produto em 2013. Calfat afirmou que a meta é duplicar de tamanho até 2020 e para isso, estão previstas três grandes projetos para médio prazo, os projetos Veracel II, Horizonte II e a expansão de Guaíba e produzir mais de 9 milhões de toneladas. Em 2009, a previsão é de que a empresa tenha produção de 5,1 milhões de toneladas e alcance receita líquida de R$ 7 bilhões, resultado do domínio de 37% do mercado.

http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=7&id_noticia=270320&editoria=

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