MERCADO LIVRE

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Olho nas notícias !!!

Sofrendo três quedas em sequência, o Ibovespa caiu 4,04% na semana, afundando a desvalorização anual para 8,49%. Para analistas, um ajuste natural e até saudável para esfriar a euforia.
Depois de chegar a flertar com os 71 mil pontos nas primeiras semanas do ano, o Ibovespa pisou no freio e sofreu revés de 6,62% em janeiro.
A primeira semana de fevereiro engordou o saldo negativo de 2010. Para analistas, nada assombroso, nem uma nova crise.
De fato, não há novidades entre os fatores que serviram de lastro para a queda das ações ao redor do globo. O avanço da administração Barack Obama na reforma do sistema financeiro e o aperto monetário na China vêm ocupando o noticiário há mais tempo.
A questão da solvência de economias periféricas da Zona do Euro, como a Grécia, já era algo também comentado antes da crise começar. Virou o bode expiatório.
"São coisas que já eram sabidas, sem nenhuma novidade. O mercado estava com sinais de realização e acabou aproveitando esses temas como argumentos", opina Hersz Ferman, gestor da Um Investimentos.
Ninguém está dizendo que a possibilidade de calote grego não é ruim, pois isso desencadearia outra rodada de aperto de crédito, mas "não vejo esses três pontos como fortes o suficientes para levar a bolsa a cair desse jeito", completa o economista.
Até pela dependência das commodities, o Brasil acabou se desvalorizando mais do que outras bolsas. A BM&F Bovespa tem um beta (sensibilidade) maior: no inverso (quando o mercado sobe) também avança mais.
Isso somado ao fluxo externo expressivo injetado na bolsa brasileira. "O mercado estava em um momento de animação diante dos estímulos colocados na economia. Muitas ações ficaram sobreavaliadas", interpreta Paulo Coimbra, professor de Economia e Finanças da Fundação Instituto Capixaba de Pesquisa em Contabilidade, Economia e Finanças (Fucape).
Para ele, o ajuste nas cotações é natural e não preocupa. "A bolsa quase voltou aos patamares anteriores da crise e sabemos que a economia ainda não retomou o mesmo ritmo de antes. Então algo tem que estar errado. Era o princípio do momento de euforia".
Carnaval
Paulo Coimbra espera que a bolsa acompanhe em compasso de espera o cenário da economia nas próximas semanas. E não descarta uma realização ainda maior: "temo que alguns agentes possam eventualmente zerar algumas posições para ver o que acontece depois no Carnaval".
Semana que vem é morna de indicadores e, às vésperas do Carnaval, o mercado costuma ter um giro financeiro relativamente fraco.
"Teremos uma agenda menos carregada. Na quinta-feira serão divulgadas as vendas no varejo nos EUA. O dado é importante, pois é um setor que depende da renda e nos trará sinais do comportamento do consumidor", escreve em relatório a corretora Coinvalores.

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