MERCADO LIVRE

domingo, 13 de dezembro de 2009

IGBR3 - Matéria da ISTO É DINHEIRO

 Destaque para o que saiu escrito abaixo da foto:


 ALÍVIO: as dívidas foram negociadas sem desconto e com correção. Os acionistas da Gradiente podem ser sócios da CBTD se quiserem.

Quem quiser vender que venda e eu fico esperando pra comprar barato com objetivo destas ações no mínimo dobrarem de preço nos próximos 3 meses. 


Olho no book !!!

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Será que Agora Staub sai do sufoco?
O fundador da Gradiente faz acordo com credores, cria nova empresa e promete, mais uma vez, trazer a marca Gradiente de volta ao mercado em 2010

Ralphe Manzoni Jr.

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ALÍVIO: as dívidas foram negociadas sem desconto e com correção. Os acionistas da Gradiente podem ser sócios da CBTD se quiserem
"Vivemos momentos difíceis. Mas nunca duvidei que conseguiríamos" Eugênio Staub fundador da gradiente
Nos últimos 18 meses, o executivo Eugênio Staub, 68 anos, esteve empenhado em dois projetos para salvar a Gradiente. O primeiro, batizado de Forte Apache, continha uma série de atitudes para defender a companhia dos problemas cotidianos, como concordatas e pequenos credores batendo à porta. O Fênix, com este nome óbvio, tinha objetivo de fazer renascer a marca Gradiente no mercado brasileiro.
Na quarta-feira 9, Staub anunciou um plano de recuperação extrajudicial com os credores financeiros e comerciais que vai permitir trazer a Gradiente de volta à vida no segundo trimestre de 2010. Pelo acordo, a empresa tem nove anos para pagar uma dívida de R$ 385 milhões. Os dois primeiros anos são de carência. A partir de 2012, começa a quitar o saldo. A empresa também aderiu ao Refis IV, chamado de o "Refis da crise", programa de recuperação de crédito para pessoas jurídicas em má situação fiscal.
A dívida de R$ 150 milhões deve cair para cerca de R$ 90 milhões. E a companhia ainda terá 15 anos para pagar. "Vivemos momentos difíceis", declarou Staub à DINHEIRO. "Mas nunca duvidei que conseguiríamos." Mas de onde virá o dinheiro para fazer renascer a Gradiente? Para retornar as operações, o executivo criou a Companhia Brasileira de Tecnologia Digital (CBTD), com sede em Manaus, que vai arrendar os ativos da antiga Gradiente, como a marca, a fábrica e os funcionários, conforme havia adiantado DINHEIRO.
A nova empresa produzirá tevês LCDs e notebooks. São dois dos segmentos mais promissores para 2010, mas repleto de concorrentes. As coreanas Samsung e LG lideram na área de vídeo. Positivo, Acer, Dell e HP disputam palmo a palmo no ramo de equipamentos portáteis. Não é a primeira vez que a Gradiente tenta se reinventar. "A CBTD vai ter o DNA da Gradiente, sem os erros do passado", afirma Staub. Um deles foi a compra da fabricante de televisores Philco por R$ 60 milhões em 2005.
Com uma tecnologia defasada, a Gradiente teve de vendê-la, dois anos depois, por R$ 22 milhões. Excesso de despesas e uma estrutura organizacional engessada também contribuíram. Outro fator, segundo fontes ouvidas por DINHEIRO, foi a ausência de Staub no comando das operações. "Toda vez que ele se afastava, os problemas aumentavam", disse uma fonte que trabalhou com a família Staub. Com as dívidas negociadas, a Gradiente precisa também de R$ 130 milhões para iniciar a operação da CBTD.
De acordo com Staub, metade deste valor virá do aporte de quatro a cinco novos sócios, que estão em fase adiantada de negociação. Um deles, segundo apurou DINHEIRO, é a fabricante de eletroeletrônicos norte-americana Jabil Circuits. Com capital aberto na Bolsa de Nova York, a Jabil fatura US$ 11,7 bilhões, tem mais de 85 mil funcionários e mais de 59 fábricas em 22 países. Ela fornecerá a tecnologia para as novas linhas de produtos da empresa.
Nesta nova fase, as ambições da Gradiente são mais modestas. No primeiro ano de operação, estima faturar R$ 300 milhões. No final da década, R$ 800 milhões. Em 2006, último ano em que declarou o faturamento, a receita foi de R$ 1,8 bilhão. A participação de mercado não deve ser superior a 5% nos segmentos em que vai atuar.
Após três anos fora do mercado, a Gradiente pode ter dificuldades para ganhar a confiança dos consumidores. "Ela é uma marca incrível, mas os problemas financeiros podem ter manchado a reputação da companhia", afirma Júlio Moreira, professor de gestão de marcas da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Por outro lado, em uma faixa etária acima de 35 anos, ele acredita que muitas pessoas devem lembrar da empresa com nostalgia. Se fosse criar uma nova marca do zero, a Gradiente precisaria gastar muito dinheiro. E dinheiro não é algo que está sobrando para Staub. Questionado se está animado, o executivo não titubeou. "Minha missão é montar a equipe e ficar com a mão quente para delegar." Staub está, mais uma vez, de volta aos negócios.

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