ALÍVIO: as dívidas foram negociadas sem desconto e com correção. Os acionistas da Gradiente podem ser sócios da CBTD se quiserem.
Quem quiser vender que venda e eu fico esperando pra comprar barato com objetivo destas ações no mínimo dobrarem de preço nos próximos 3 meses.
Olho no book !!!
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Será que Agora Staub sai do sufoco?
O fundador da Gradiente faz acordo com credores, cria nova empresa e promete, mais uma vez, trazer a marca Gradiente de volta ao mercado em 2010
Ralphe Manzoni Jr.

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ALÍVIO: as dívidas foram negociadas sem desconto e com correção. Os acionistas da Gradiente podem ser sócios da CBTD se quiserem |
"Vivemos momentos difíceis. Mas nunca duvidei que conseguiríamos" Eugênio Staub fundador da gradiente
Nos últimos 18 meses, o executivo Eugênio Staub, 68 anos, esteve empenhado em dois projetos para salvar a Gradiente. O primeiro, batizado de Forte Apache, continha uma série de atitudes para defender a companhia dos problemas cotidianos, como concordatas e pequenos credores batendo à porta. O Fênix, com este nome óbvio, tinha objetivo de fazer renascer a marca Gradiente no mercado brasileiro. Na quarta-feira 9, Staub anunciou um plano de recuperação extrajudicial com os credores financeiros e comerciais que vai permitir trazer a Gradiente de volta à vida no segundo trimestre de 2010. Pelo acordo, a empresa tem nove anos para pagar uma dívida de R$ 385 milhões. Os dois primeiros anos são de carência. A partir de 2012, começa a quitar o saldo. A empresa também aderiu ao Refis IV, chamado de o "Refis da crise", programa de recuperação de crédito para pessoas jurídicas em má situação fiscal.
A dívida de R$ 150 milhões deve cair para cerca de R$ 90 milhões. E a companhia ainda terá 15 anos para pagar. "Vivemos momentos difíceis", declarou Staub à DINHEIRO. "Mas nunca duvidei que conseguiríamos." Mas de onde virá o dinheiro para fazer renascer a Gradiente? Para retornar as operações, o executivo criou a Companhia Brasileira de Tecnologia Digital (CBTD), com sede em Manaus, que vai arrendar os ativos da antiga Gradiente, como a marca, a fábrica e os funcionários, conforme havia adiantado DINHEIRO.
A nova empresa produzirá tevês LCDs e notebooks. São dois dos segmentos mais promissores para 2010, mas repleto de concorrentes. As coreanas Samsung e LG lideram na área de vídeo. Positivo, Acer, Dell e HP disputam palmo a palmo no ramo de equipamentos portáteis. Não é a primeira vez que a Gradiente tenta se reinventar. "A CBTD vai ter o DNA da Gradiente, sem os erros do passado", afirma Staub. Um deles foi a compra da fabricante de televisores Philco por R$ 60 milhões em 2005.
Com uma tecnologia defasada, a Gradiente teve de vendê-la, dois anos depois, por R$ 22 milhões. Excesso de despesas e uma estrutura organizacional engessada também contribuíram. Outro fator, segundo fontes ouvidas por DINHEIRO, foi a ausência de Staub no comando das operações. "Toda vez que ele se afastava, os problemas aumentavam", disse uma fonte que trabalhou com a família Staub. Com as dívidas negociadas, a Gradiente precisa também de R$ 130 milhões para iniciar a operação da CBTD.
De acordo com Staub, metade deste valor virá do aporte de quatro a cinco novos sócios, que estão em fase adiantada de negociação. Um deles, segundo apurou DINHEIRO, é a fabricante de eletroeletrônicos norte-americana Jabil Circuits. Com capital aberto na Bolsa de Nova York, a Jabil fatura US$ 11,7 bilhões, tem mais de 85 mil funcionários e mais de 59 fábricas em 22 países. Ela fornecerá a tecnologia para as novas linhas de produtos da empresa.
Nesta nova fase, as ambições da Gradiente são mais modestas. No primeiro ano de operação, estima faturar R$ 300 milhões. No final da década, R$ 800 milhões. Em 2006, último ano em que declarou o faturamento, a receita foi de R$ 1,8 bilhão. A participação de mercado não deve ser superior a 5% nos segmentos em que vai atuar.
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Por outro lado, em uma faixa etária acima de 35 anos, ele acredita que muitas pessoas devem lembrar da empresa com nostalgia. Se fosse criar uma nova marca do zero, a Gradiente precisaria gastar muito dinheiro. E dinheiro não é algo que está sobrando para Staub. Questionado se está animado, o executivo não titubeou. "Minha missão é montar a equipe e ficar com a mão quente para delegar." Staub está, mais uma vez, de volta aos negócios.
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