MERCADO LIVRE

sexta-feira, 3 de abril de 2009

GLOB3 - Cresce a lista de interessados

03/04/2009 - 18:04

Cresce lista de interessados pelo Ponto Frio




Lojas Americanas analisa possibilidade

Empresa diz que faz parte da sua estratégia buscar eventuais oportunidades

A Lojas Americanas confirmou que analisa a possível compra da rede varejista Ponto Frio. A rede foi posta à venda no último fim de semana, após a sua controladora, Globex, ter declarado que contratou uma instituição financeira para assessorar a transação. Segundo o comunicado da Lojas Americanas a avaliação encontra-se "em caráter totalmente preliminar, pois foi iniciada há apenas dos dias."

Ao mesmo tempo, durante a teleconferência realizada na manhã desta sexta-feira, o presidente da Globex, Manoel Amorim, não quis comentar a decisão dos controladores de vender a empresa. "Não nos envolvemos na transação. Esta é uma decisão dos controladores", declarou. Neste primeiro trimestre, a rede Ponto Frio registrou forte queda nas vendas. "Uma queda assim não se via há muitos anos", afirmou.

Também estão interessados na compra, as redes Baú Crediário (Grupo Silvio Santos) e Insinuante, líder no varejo do Nordeste. O negócio também deve ser avaliado pelo grupo Pão de Açúcar e Wal-Mart.



Interesse dos acionistas



No seu comunicado, a Lojas Americanas informa que "analisa, permanentemente, como parte de sua estratégia empresarial e no interesse de seus acionistas, eventuais oportunidades de negocio que lhe são apresentadas". Também destaca que manterá o mercado informado, caso haja alguma sucessão.

"Teme a companhia que, em processos dessa natureza, de caráter potencialmente competitivo, reagir a conjecturas repetidas acerca de hipóteses futuras ou a discussões buscando revelar antecipadamente a sua estratégia negocial em um caso concreto pode ter resultados adversos, pondo em risco o legítimo interesse da companhia e de seus acionistas na preservação da eficácia dessa estratégia. Isto, naturalmente, sem prejuízo da adequada divulgação de eventuais fatos relevantes, se e quando materializados", diz a nota.

Se a operação for realizada, será criada uma gigante do varejo com mais de 900 lojas e faturamento anual estimado em R$ 14,3 bilhões, à frente da Casas Bahia, que faturou R$ 13,7 bilhões no ano passado.



Reduzindo lojas para fortalecer o caixa



A parte de vendas do Ponto Frio pela Internet tem registrado crescimento, com ganho de participação de mercado a partir do quarto trimestre do ano passado. De acordo com o presidente da Globex, Manoel Amorim, a decisão tomada no momento é pela preservação do caixa da companhia.

"Nossa posição de caixa é confortável e vamos preservá-la", afirmou. No fim de 2008, a companhia registrava disponibilidade de R$ 99,1 milhões.

Por este motivo, está ocorrendo a redução do ritmo de expansão da rede de lojas. A perspectiva é de que haja a abertura entre 20 e 25 lojas ao longo do ano. No ano passado foram abertas 41. A companhia encerrou 2008 com um total de 458 lojas espalhadas em onze estados do país.

"Queremos concentrar na abertura de lojas em shoppings, onde há o público que desejamos trabalhar e temos deficiência em relação à concorrência", afirmou. Já foram fechadas dez lojas ao longo do ano, que apresentavam deficiência nas vendas. O número pode ser ainda maior, pois mais lojas estão em análise. "Estamos redefinindo o público e as lojas com maiores índices de inadimplência e maiores custos serão fechadas", explicou Amorim.

Os investimentos previstos serão voltados para o SAP, novas lojas e pequenas reformas. No ano passado, a Globex registrou aumento do lucro bruto de 24%, passando de R$ 810 milhões para R$ 1 bilhão. Já o lucro líquido registrou queda de 64% na comparação com 2007, de R$ 89,3 milhões para R$ 32 milhões. O impacto negativo está relacionado à redução de R$ 43,2 milhões na constituição de créditos de IR.



Banco Investcred lucra menos



O aumento da provisão para devedores duvidosos no primeiro semestre do ano passado fez o Banco Investcred registrar forte queda dos resultados. O lucro líquido, de R$ 64,9 milhões em 2007 caiu para R$ 14,7 milhões em 2008. A perda com crédito provocou a mudança do modelo de negócio, com a plataforma de crédito migrando do carnê (CDC) para o cartão de crédito próprio, produto com maturação mais longa da curva de rentabilidade.

A mudança resultou no ajustamento das operações e retomada da rentabilidade, com 70,1% do lucro líquido de 2008 gerado no quarto trimestre e redução dos índices de inadimplência em mais de 50%, frente ao pico do ano.

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