MERCADO LIVRE

sábado, 8 de maio de 2010

TELB4 - Rumo aos 10,00

SÃO PAULO –  O atual secretário de Logística do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, aceitou há pouco o convite do governo para dirigir a Telebrás durante a implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
Um dos idealizadores do projeto que tem a expectativa de fazer com que o acesso à banda larga no Brasil salte de 12 milhões de domicílios para 40 milhões até 2014, Santanna conversou com INFO Online na manhã de hoje e comentou sobre suas perspectivas para o futuro próximo no maior cargo da gestora.
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Mesmo indo contra a corrente das empresas privada de telefonia, como Embratel, GVT, Oi e Telefônica, o novo presidente da estatal se mostrou confiante na proposta de levar o serviço para regiões onde não há concorrência por apenas 15 reais (no caso de ter incentivos fiscais) ou entre 29 e 35 reais (sem incentivos).
Confira abaixo a entrevista:
INFO: O que acha da reclamação das teles sobre a escolha da Telebrás?

ROGÉRIO SANTANNA: É uma reação natural. A entrada de outra rede vai tirá-las da zona de conforto. Vivem falando de concorrência, mas não saem do monopólio. Já era algo esperado.
INFO: E quanto ao argumento de que para a Telebrás atuar teria que ser criada uma nova lei?

ROGÉRIO SANTANNA: Não procede. É só ler a lei. Lá diz que banda larga não é um serviço público, é uma atividade correlata, logo, a atuação da Telebrás é justa.
INFO: A Telebrás pode ser uma boa gestora para o Plano?

ROGÉRIO SANTANNA: Acho que sim. O governo precisa ter autonomia e a Telebrás, além ser a gestora do plano, tem que permitir que isso ocorra por seus meios de atuação.
INFO: A meta das cem cidades até o fim do ano é realmente possível?

ROGÉRIO SANTANNA: É uma meta apertada, mas é possível. Pode haver alguns atrasos no cronograma. Nem tudo foi discutido ainda. Há alguns pontos que devem entrar no Plano, como a maior participação de pequenos provedores para levar a internet até as casas das pessoas em pequenas e médias cidades. Tudo isso pode influenciar no prazo final.
INFO: O que você espera sob o comando da Telebrás?

ROGÉRIO SANTANNA: Acho que a Telebrás pode ser inteligente, atuando mais na gestão do que não execução. Deve ser um ator relevante para trazer a concorrência onde não há.
INFO: Qual a principal dificuldade inicial?

ROGÉRIO SANTANNA: A dificuldade é montar a empresa. Ela estava esquecida. Precisamos chamar os funcionários, recolocá-los e organizar a estrutura operativa, o que requer certo tempo. Daqui dois meses ela deve estar funcionando.

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